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Professores dividem-se na opinião sobre o acordo

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Muitos docentes escusam-se a fazer comentários por desconhecerem os termos do entendimento com a tutela, mas os que se pronunciam dividem-se entre o alívio e a frustração

O acordo assinado esta sexta-feira de madrugada entre os sindicatos de professores e o Governo provoca sentimentos contraditórios nos docentes. Por um lado, os professores sentem-se aliviados por finalmente haver paz nas escolas, mas por outro lado, sentem-se frustrados por um acordo que consideram insatisfatório. As reacções foram recolhidas pela agência Lusa, numa ronda realizada esta sexta-feira de manhã por algumas escolas do país.

Professores: Governo chega a acordo com oito sindicatos

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Francisco Sobral Henriques e Maria do Rosário Gama, respectivamente directores da Secundária Quinta das Flores e da Secundária D. Maria, ambas de Coimbra, classificaram o acordo de positivo, pela retoma da tranquilidade nas escolas.

«O mais importante é a pacificação», diz a directora da D. Maria. Maria do Rosário Gama, que foi uma das líderes da oposição ao modelo de avaliação anterior, acrescenta que concorda, tal como o colega da Quinta das Flores, que um professor classificado com «Bom» tenha acesso ao topo da carreira.

Para Francisco Henriques, que também se opôs ao modelo proposto pela anterior ministra da Educação, o acordo «é uma solução equilibrada». «Sindicatos e Ministério estão de parabéns. É um passo muito importante que deveria ter sido dado há mais tempo», conclui.

Mas nem todos os professores se manifestaram satisfeitos. Correia Gomes, professor na Escola Camilo Castelo Branco, em Vila Real, afirmou que o acordo «não é bom para a classe docente» e, por isso, o sentimento dominante é de «frustração».

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«Não fiquei nada contente. Dá-me a sensação que os sindicatos, como é o costume, acabaram por se vender ao Ministério da Educação», afirma.

Professor há 28 anos, Correia Gomes diz que «os professores querem ser avaliados em salas de aulas, uma avaliação que não pode ser feita de forma correcta apenas de dois em dois anos, como ficou estipulado».

Quanto à carreira docente, o professor refere que as duas transições agora implementadas vão originar «uma guerra» dentro das escolas «pela atribuição das quotas».

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