A Plataforma Sindical de professores vai apresentar na próxima sexta-feira uma proposta de avaliação simplificada ao ministério da Educação, afirmou Mário Nogueira em entrevista à SIC Notícias.
A intenção é «salvar» o ano lectivo, «centrando o processo de avaliação na vertente do professor e libertando as burocracias» existentes na proposta de Maria de Lurdes Rodrigues. Mantém-se, por isso, a intenção de suspender o processo que o Ministério pretende implementar, mas a vontade é que «haja uma avaliação dos docentes».
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Nesta proposta, não entrarão as indicações deixadas nesta semana pela ministra. «Ao contrário do que diz o ministério e o primeiro-ministro, os professores nunca foram contra a avaliação e também não é verdade que nos últimos 30 anos não tenham sido avaliados. Aliás, desde 1990 que existe um modelo, regulamentado em 1992, que já avaliou os docentes», explicou o líder da Fenprof e porta-voz da Plataforma.
«Excluímos qualquer solução administrativa, como por exemplo, atribuir Bom a todos os professores, e qualquer simplificação do modelo actual», disse Mário Nogueira ao Diário de Notícias, que não quis apresentar mais pormenores, porque «a proposta terá de ser apresentada primeiro ao Ministério e só depois à comunicação social».
«Não defendemos um vazio avaliativo. Esta nossa proposta será a prova de que os professores querem ser avaliados já este ano. Mas terá de ser de uma forma simples, que não exija a definição de novos instrumentos, uma vez que estamos quase a finalizar o primeiro período», frisou.
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