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Sindicatos dizem que 132 mil professores fizeram greve

Plataforma confirma que foi «o maior protesto de sempre», com mais de 90% de adesão

«Uma greve histórica». A frase foi repetida ao longo do dia e ganhou novo fôlego ao final da tarde, com os números avançados pela Plataforma Sindical de Professores, que aponta para «a maior paralisação de sempre».

Greve: ministério diz que adesão foi de 61%

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O Governo fala em 61% dos professores em greve, o que significa «um protesto significativo» e isso é entendido pelos sindicatos como prova final de que a greve foi mesmo gigantesca. Segundo o porta-voz Mário Nogueira 94% dos professores aderiram à greve, o que suplanta o registo dos protestos de Maio e Outubro de 1989. Ou seja, dos 140 mil professores, 132 mil estiveram em greve.

Como a luta não pára, a partir de amanhã, pelas 10h30, inicia-se uma vigília de quase 48 horas, frente ao Ministério da Educação, contra o modelo de avaliação dos professores e o Estatuto da Carreira Docente. Na próxima semana avançam as greves regionais.

«Aquilo que queremos é uma negociação a sério, aberta. Em que pode ser o que o ministério pretende, mas pode ser o que os professores pretendem», frisou Mário Nogueira, frisando que «os sindicatos têm propostas» e estas até foram «apresentadas por quatro vezes ao longo dos últimos dois anos».

«O Ministério nunca aceitou nada do que é essencial para a negociação. A questão não está na inflexibilidade dos sindicatos, mas do ministério, por não admitir discutir seja o que for», vincou o sindicalista, abrindo sempre as portas ao diálogo: «Se para a semana formos convidados para nos sentarmos à mesa lá estaremos. Mas não aceitamos a imposição e o modelo do ministério, porque o ministério diz que não pode ser outro».

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«Depois desta greve, a última coisa que queremos é passar uma imagem de arrogância. Esperamos que o ministério perceba de vez a opinião dos professores. Como é que eles querem aplicar um modelo quando têm uma classe inteira que o rejeita?», questionou.

Pontos de discórdia

Mário Nogueira também acusou o ministério da Educação de ter «centrado a avaliação na carreira, com o objectivo de dificultar a progressão e, até mesmo, bloqueá-la. E a prova está na última simplificação, quando o ministério deixa cair alguns pontos, deixa cair toda a componente cientifico-pedagócia da avaliação. Apenas mantém o carácter administrativo da mesma. Aqui, o ministério da Educação fica nu e o seu objectivo fica claro». Atrapalhar a progressão na carreira.

Um outro aspecto falado pelo sindicalista foi o perigo de congelamento das notas do alunos no final do primeiro período. Mário Nogueira reforçou a ideia de que esta «jamais será afectada».

Depois, pegando na questão das notas, mas voltando à avaliação dos docentes, o porta-voz, relembrou que apesar do que o ministério quer fazer passar, as notas dos alunos não foram retiradas do modelo de avaliação. «Apenas não se aplicam este ano», explica.

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