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«Não senti receio de arriscar e 'atirar-me' a oportunidades»

Rui Lopes tem 32 anos e é software engineer numa das mais prestigiadas empresas a nível mundial, a Google. Emigrou para os EUA há quase um ano e meio. Conheça a história deste jovem emigrante bem sucedido

«Não senti receio de arriscar e 'atirar-me' a oportunidades». Rui Lopes, 32 anos, emigrou para São Francisco, Califórnia, EUA, há quase um ano e meio e é Software Engineer.

Rui está a 9.110 quilómetros de Portugal por vários motivos: «ainda em 2010 comecei a aperceber-me que Portugal estava a aproximar-se perigosamente de uma crise económica. Comecei a falar com alguns contactos que já tinha feito ao longo dos anos, a enviar currículos e a ir a entrevistas», conta. Acrescenta ainda que sempre se sentiu «bastante desconectado de muitos costumes/tradições de Portugal. Vi que mudar-me para um país mais aberto e liberal seria uma lufada de ar fresco. Para além destes fatores senti que precisava de um novo, grande desafio».

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Trabalha na sua área de formação, na empresa Google, e gerir a decisão de sair de Portugal não foi complicado. «Preparei-me durante vários meses para as várias entrevistas que tive até que, um dia, recebi uma proposta», relembra.

Rui Lopes sublinha que, entre a decisão que tinha em mãos e até entrar no avião sem bilhete de regresso, foi acompanhando toda a deterioração da economia portuguesa, bem como as dificuldades que se iam instalando no país. «A cada semana que passava mais certo estava eu da minha decisão», afirma.

Quando o avião aterra nos EUA a realidade é completamente diferente e as dificuldades que se encontram à chegada variam de pessoa para pessoa. Rui destaca o mercado de aluguer. «O mercado em São Francisco é muito complicado, dado que a cidade se encontra limitada fisicamente por ser uma península e a oferta é muito menor do que a procura», realça.

Já a adaptação foi «muito fácil». Rui «está feliz» e diz que valeu a pena ter saído de Portugal. «Vivo numa cidade muito interessante, cheia de vida. As pessoas são muito amigáveis e, culturalmente, sinto-me bastante próximo deste estilo de vida que por cá se respira». E por isso, voltar para Portugal não faz parte dos seus planos: «talvez quando me reformar».

As saudades da família, de quem teve todo o apoio, são geridas através da Internet. «Basta apenas acertar horários, dado que a diferença horária são oito horas».

Rui, que conselhos pode deixar a quem quer emigrar? «Não ter medo de arriscar. Não desistir. Fazer contactos. Dar o máximo para ser um profissional de competências apetecíveis para oportunidades existentes noutros países. Em suma, estar preparado para brilhar quando a oportunidade surgir».

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