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Saúde: ex-ministro critica fecho de urgências

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O ex-ministro da Saúde Arlindo de Carvalho criticou esta quarta-feira o previsto encerramento de várias urgências e garantiu que se hoje voltasse a assumir esta pasta não prosseguiria com a medida, informa a agência Lusa.

Arlindo de Carvalho falava à Lusa a propósito do congresso «Gerir em Saúde», que decorre entre quinta-feira e sábado no Centro de Congressos dos Hospitais Universitários de Coimbra (HUC).

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No seu discurso, Arlindo de Carvalho classifica de «sintomáticas as reacções das populações que publicamente se vêm manifestando contra a redução dos cuidados prestados por efeito de encerramento ou de ineficiência de estabelecimentos de assistência».

«Ao Estado não cabe outra solução que não seja a garantia da prestação pública dos cuidados de saúde», disse Arlindo de Carvalho.

Para o antigo ministro da Saúde, «as populações têm mostrado que não estão disponíveis para renunciar ao nível de assistência já alcançado, e não aceitam medidas tomadas por razões estritamente economicistas».

Por esta razão, o social-democrata defende «a necessidade de políticas claras e bem explicadas às populações, por forma a tornar compreensível o processo de adopção de regras de gestão consideradas necessárias à maior eficácia dos serviços, de que só podem resultar melhor assistência e satisfação dos utentes».

À Lusa, Arlindo de Carvalho reconheceu que, se fosse hoje ministro da Saúde, travaria esta reforma.

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«Não consigo ver um rumo claro no fecho das urgências, assim como não concordei com o encerramento de algumas maternidades», disse o ex-ministro.

Arlindo de Carvalho revelou que, quando tomou posse como ministro da Saúde, tinha sobre a mesa uma proposta que visava o encerramento de algumas maternidades, a qual optou por não concretizar.

As críticas do antigo governante vão ainda para a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), «espera-se que entidades especialmente criadas, como a ERS, se venham a preocupar com todas estas questões, o que até agora é desconhecido, e não só ocupar-se exclusivamente com a criação de taxas sobre os serviços e profissionais de saúde».

O congresso que começa quinta-feira vai contar com a participação de Manuela Arcanjo, igualmente antiga titular da pasta da Saúde.

A gestão dos recursos humanos em saúde, as novas tecnologias e a optimização da prática médica e a gestão dos internatos médicos são temas cuja discussão está agendada.

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