Dezoito trabalhadores ficaram esta segunda-feira encurralados numa estrutura que está a ser construída no Farol da Foz do Douro, no Porto, devido ao mau tempo do mar. Foram todos resgatados com sucesso.
Os trabalhadores da Somague começaram a ser resgatados a partir das 22 horas, içados pelo ar por uma corda que saía dos dois helicópteros que se deslocaram ao local.
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Dois helicópteros estiveram no local em socorro dos trabalhadores da Somague: um da Protecção Civil, que se deslocou de Santa Comba Dão; outro da Força Aérea, com base no Montijo. O primeiro recolheu quatro trabalhadores, mas foi substituído pelo aparelho da Força Aérea, um dos mais avançados no mundo em operações de salvamento.
De acordo com o capitão Martins dos Santos, da capitania do Porto da Foz do Douro, esta operação de resgate «não teve qualquer risco». Em declarações aos jornalistas no local, disse que esta situação aconteceu por causa «da altura da preia-mar e do agravamento do estado do mar, que impediu que os trabalhadores pudessem regressar em segurança para terra», referindo que o alerta foi dado pelas 19 horas.
O capitão referiu que foi avaliada a retirada dos trabalhadores por via marítima, mas que isso poderia verificar-se perigoso e, por isso, «com o cair da noite foram pedidos meios aéreos».
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Segundo este responsável, os trabalhadores encontravam-se «com ansiedade», não havendo feridos.
Foram todos transportados por helicóptero para o aeroporto Sá Carneiro, onde se encontrava uma ambulância do INEM para avaliar o estado de saúde dos trabalhadores, sendo que não foi necessário serem encaminhados para uma unidade hospitalar.
Segundo as informações do capitão Martins dos Santos, um destes trabalhadores conseguiu chegar a terra firme pelos seus próprios meios, atravessando sozinho o molhe, que estava a ser fustigado por vagas altas.
Segundo a Capitania, as autoridades estiveram sempre em contacto com a empresa, tendo estado no local - mas longe dos jornalistas - um representante da Somague.
No local estiveram também centenas de curiosos, que invadiram os passeios e complicaram o trânsito na zona. O aparato da operação foi acompanhado por muitos olhares atentos e também por algumas máquinas fotográficas que registaram os momentos de ansiedade.
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