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«Políticos têm de saber qual o papel de um enfermeiro»

Novo bastonário define prioridades

Aproximar os enfermeiros, dar mais visibilidade à profissão, lutar contra o desemprego e contra a usurpação de funções são as prioridades do novo bastonário da Ordem dos Enfermeiros.

Em declarações à Lusa, a propósito da sua eleição, Germando Couto destacou a necessidade de unir os enfermeiros e aproximá-los da ordem.

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«Os enfermeiros andam muito afastados da sua estrutura representativa e considero importante que se identifiquem com a ordem, porque senão a profissão ficará cada vez mais fragilizada», afirmou.

Este será o primeiro passo do novo bastonário, que tomará posse no final de Janeiro.

Por outro lado, Germano Couto quer proporcionar mais visibilidade à profissão, e considera que esse é um desígnio de uma estrutura que representa 64.500 enfermeiros em todo o país, que foi «um bocado esquecida nos últimos anos».

«O cidadão tem necessidade de saber qual o papel do enfermeiro, o que é que pode esperar dele, que ganhos em saúde pode obter se procurar um enfermeiro. Os próprios políticos têm que ter essa noção, pois se a tivesse poderiam apostar mais nos cuidados de enfermagem, mais bem rentabilizados, e tornariam o Serviço Nacional de Saúde mais eficiente, com menos desperdícios», afirmou.

O desemprego é outra das preocupações do novo bastonário, uma vez que todos os anos se formam entre três mil e quatro mil enfermeiros para um mercado de trabalho, que tem essas necessidades, mas que só absorve cerca de dois mil por ano.

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«Ficam milhares desempregados que têm duas opões: ou emigram ou aguardam de uma forma inactiva, ou desempenhando outras profissões, o que faz com que vão perdendo competências diariamente», afirmou.

Por isso, defende um «diálogo muito próximo» com o Ministério do Ensino Superior e da Saúde, para que haja «maturidade governativa» no que diz respeito à enfermagem.

«Um país como Portugal não se pode dar ao luxo de formar enfermeiros para o desemprego», considerou.

A Germano Couto preocupa também a «usurpação de funções». «Continuamos a assistir a tentativas de colocar outros profissionais a exercer a profissão de enfermagem. Além de ser denunciado, tem que haver mão forte da ordem, e, se não puder actuar, denunciar junto do Ministério Público para que os cidadãos tenham os cuidados de enfermagem que merecem e não pretensos cuidados de enfermagem».

A Ordem dos Enfermeiros anunciou a eleição do enfermeiro como Bastonário para o triénio 2012-2015.

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