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Preservativos nas escolas. Sim ou não?

«Não podemos enterrar a cabeça na areia», dizem pais. «É um mal menor», reconhece associação. Mas sexo não pode ser «encarado como algo passageiro». E o leitor, concorda?

A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) concorda com o novo modelo de educação sexual proposto pelo Ministério da Educação, nomeadamente com a distribuição gratuita de preservativos aos alunos do ensino secundário.

«Se estamos a explicar aos jovens os perigos [de uma relação sexual sem protecção], faz todo o sentido muni-los destes meios. Não podemos enterrar a cabeça na areia», disse ao PortugalDiário Albino Almeida, presidente da Confap.

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A Confap, que foi ouvida durante o processo de elaboração deste projecto, concorda com o novo modelo de educação sexual apresentado. «A partir dos 15 anos, há uma maior autonomização dos jovens, deixam de ter o à-vontade de falar destas questões com os pais, por isso, é bom que haja este apoio na escola».

Para a associação, também é positivo «ligar a escola à saúde, para promover estilos de vida saudáveis». «Assim, os jovens têm direito a um acompanhamento com a garantia da privacidade», explicou o presidente da Confap.

A Associação Maternidade e Vida também concorda com a medida, desde que a distribuição dos preservativos seja acompanhada «por uma orientação de técnicos especializados» e o sexo «não seja encarado como algo passageiro, sem consideração dos sentimentos».

Em declarações ao PortugalDiário Francisco Coelho da Rocha, presidente da associação, reconheceu que «há muitos jovens com comportamentos de risco» e, nesses casos, dota-los de protecção é «um mal menor».

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O Ministério da Educação assinou esta terça-feira um protocolo com o Ministério da Saúde para criar nas escolas gabinetes de apoio aos alunos para aconselhamento sobre educação sexual.

Os gabinetes de apoio aos alunos vão existir apenas no ensino secundário, mas a medida faz parte de um projecto ao nível do ensino básico e secundário que visa revitalizar os currículos sobre educação para a saúde, incluindo a educação sexual. O projecto prevê uma parceria entre escolas e centros de saúde, sendo que os professores e técnicos de saúde vão receber formação nesta área.

A ministra da Educação admitiu a possibilidade de instaurar a distribuição gratuita de preservativos nas escolas aos alunos «com mais de 16 anos», desde que os pais estejam de acordo.

O ministério garante que todas as directivas do modelo de educação sexual estarão definidas até 31 de Março.

E o leitor, concorda com esta medida?

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