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A popularidade das ilustrações e gravuras no séc. XIX

Espólio da biblioteca do avô de José Pacheco Pereira em destaque no Ephemera deste fim-de-semana

O episódio do Ephemera desta semana centra-se em volta da biblioteca da família de José Pacheco Pereira, que já vai na quarta geração. O avô do historiador e responsável pelo Arquivo Ephemera, que dá o nome ao programa da TVI24, Gonçalo Pacheco Pereira, foi responsável pela compra de vários objetos da coleção, incluindo vários jornais do início do séc. XIX.

Uma das publicações foi o "Journal des Femmes", especialmente do período entre 1832 e 1837, que eram bastante ricas em ilustrações e gravuras. A qualidade das imagens é tal que muitos alfarrabistas as recortem e as vendam separadamente, para assim conseguir fazer mais dinheiro do que vendendo uma das publicações.

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O "Journal des Femmes" faz parte do imaginário do romance "Madame Bovary", de Gustave Flaubert, que lia a publicação, e também da história do feminismo, um vez que tratava a condição feminina de uma maneira bastante incomum nos jornais da época.

Mas o espólio que Gonçalo Pacheco Pereira conseguiu juntar na sua biblioteca inclui ainda outras publicações inglesas e alemãs, com destaque para os anos 1851-52. Estas tinham ilustrações bastante imaginativas e detalhadas a acompanhar as reportagens, antes de se começarem a utilizar os apontamentos de fotografia.

Exemplo disso é o "Le Petit Journal", publicado em França entre 1863 e 1944. Era muito popular devido aos suplementos ilustrados que publicava e foi, inclusivamente, um precursor do jornalismo tablóide dos nossos dias.

O universo da Rússia dos czares encontra-se bastante presente nas publicações do "Le Petit Journal", uma vez que se tratava de uma aliada da França. As ilustrações utilizadas são muito chauvinistas e colonialistas, algo que, nos dias de hoje, seria considerado políticamente pouco correto.

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