O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa só entra oficialmente na rotina das escolas a partir do próximo ano lectivo, mas a nova grafia já é aceite nos exames nacionais que começam na segunda-feira.
A Associação de Professores de Português encara a mudança com naturalidade, mas admite que para os colegas de outras disciplinas haja dificuldades acrescidas.
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Na dúvida sobre o que está escrito, os professores deixam passar porque a partir de Setembro «deixa de ser erro», diz à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Professores, João Grancho, antevendo problemas nos primeiros anos de aplicação do acordo nas escolas, dada a «insuficiente informação» prestada aos docentes.
«Pensou-se que o Acordo Ortográfico era algo simples e que qualquer professor, lendo o documento, poderia daí retirar as consequências, mas não é assim», garante.
O docente afirma que o acordo envolve «alguma complexidade» e carecia de uma formação mais sustentada, o que «não aconteceu».
Para os próximos anos, a começar em Setembro, prevê «alguns problemas» na aplicação do acordo, por dificuldades inerentes às mudanças, mas também por «ausência de informação mais sustentada, mais continuada» e mais generalizada.
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