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Greve impediu 270 alunos de fazerem prova de aferição

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Número foi avançado pelo Ministério da Educação

Dos cerca de 237 mil alunos que tinham esta sexta-feira prova de aferição de Língua Portuguesa, só «cerca de 270» não a fizeram por causa da greve geral, segundo informação do Ministério da Educação.

Contactada pela Lusa, fonte da tutela disse que só em «dois agrupamentos de escolas da Direcção Regional do Centro» não se fizeram provas de aferição, afectando «cerca de 270 alunos».

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Os números de adesão à greve desta sexta-feira da administração local variam entre os 1,4 por cento avançados pelo Governo e os 60 por cento indicados pelos sindicatos, mas a manhã foi de quase total normalidade no país.

Segundo o Ministério das Finanças, que tem estado a actualizar os valores da adesão à greve de hora a hora desde as 10h00, a adesão ficou abaixo dos 1,5 por cento, mas a Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública colocou a fasquia nos 60 por cento dos trabalhadores.

As divergências passam também pelas áreas mais afectadas, já que o Governo aponta o ministério da Educação como o que registou maior adesão, somando 1.914 funcionários em greve e estando encerradas 19 escolas.

As provas de aferição realizaram-se pela primeira vez em 1999 e começaram por ser universais, apesar das classificações nunca terem contado para a nota final. Em 2002, passaram a ser feitas apenas por uma amostra representativa de alunos, mas foi por pouco tempo: em 2007, o ministério decidiu que os testes voltavam a ser aplicados a todos os estudantes do 4.º e 6.º ano de escolaridade.

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A Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FNSFP) convocou a greve para protestar contra o congelamento e os cortes salariais, o aumento de impostos, a precariedade, os despedimentos, as privatizações e as medidas que viessem a ser impostas na sequência da negociação da ajuda externa a Portugal.

O memorando de entendimento estabelecido entre o Governo e a 'troika' internacional prevê a extinção e fusão de serviços da administração pública, o que levará milhares de trabalhadores para a mobilidade ou para o desemprego, segundo a FNSFP.

Prova «clara»

Entretanto, uma responsável da Associação de Professores de Português (APP), defendeu que a prova de aferição de Língua Portuguesa que os estudantes do 4.º e 6.º ano realizaram era «bastante clara» e vai ajudar os alunos com mais dificuldades.

Em declarações à Lusa, a vice-presidente da APP, Edviges Ferreira, fez uma «avaliação positiva» da prova. «A prova era bastante clara e vai com certeza ajudar os alunos com mais dificuldade assim como vai beneficiar os alunos com boas notas», disse a responsável.

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Apesar de conter um texto «um pouco longo de ler», que poderia provocar alguma «dificuldade de concentração» aos estudantes, as questões eram «bastante objectivas», tornando a prova «equilibrada dentro de todo o programa».

A vice-presidente da APP notou ainda uma «melhoria» em relação a anos anteriores, considerando que a prova de hoje mostrava um «maior equilíbrio no que toca ao grau de dificuldade».

Os alunos do 4.º e 6.º ano que fizeram a prova de Língua Portuguesa voltam a ser chamados para mais uma aferição de conhecimentos na próxima quarta-feira, dia em que se realiza a prova de Matemática.

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