Um jovem de 17 anos que foi esfaqueado no pescoço terça-feira à noite por um professor em Ermesinde está «em estado estável e livre de perigo», disse hoje à lusa fonte do Hospital de S. João.
Fonte da PSP referiu que o jovem integrava um grupo de rapazes que, segundo as informações recolhidas na altura, agrediu com «socos e paus», terça-feira, pelas 22:00, na via pública, um professor, próximo da residência deste. No decurso da refrega o jovem foi esfaqueado, com gravidade, na zona do pescoço pelo professor.
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Ao que tudo indica, o professor já andava a ser «perseguido e ameaçado há algum tempo», explicando-se, assim, o facto de andar «prevenido» com uma faca de cozinha, com a qual atingiu um dos jovens, referiu a fonte.
Agressor de autarca em preventiva
«Presume-se que o professor terá agido em legítima defesa, mas só a investigação vai determinar as circunstâncias do ocorrido», considerou a fonte policial. A fonte disse ainda desconhecer a relação entre o professor e o grupo de rapazes, que já têm antecedentes criminais. O professor, que foi assistido no hospital local, está ainda a ser ouvido no Tribunal de Valongo, que chamou também, para audição, pelo menos um dos jovens.
Segundo declarações de um dos jovens envolvidos à televisão regional Porto Canal, vários adolescentes, na sua maioria alunos da Escola Secundária de Ermesinde, seguiam àquela hora para um café situado junto ao rinque de Ermesinde com o objectivo de assistir a um jogo de futebol.
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«Não sei o que lhe deu»
Dentro de um grupo mais amplo de jovens, um subgrupo de quatro ia na peugada do professor, que seguia no mesmo sentido. Subitamente, disse o jovem, o professor parou, tal como os quatro adolescentes que seguiam atrás. Segundo este adolescente, o professor ter-se-á então virado para trás e terá esfaqueado o jovem, «um dos mais calmos do grupo».
Na sequência da agressão, o professor fugiu, tendo-se refugiado numa casa nas proximidades das Escolas da Bela. «Fomos trás dele mas não o apanhámos», disse o jovem, que garantiu que o grupo não disse nada ao professor. «Vínhamos apenas a subir a rua, não lhe dissemos nada. Não sei o que é que lhe deu», frisou.
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