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Lisboa: alunos queixam-se de agressões pela polícia

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Protesto em frente à Escola Básica 2.3 Pedro de Santarém contra estatuto do aluno

Alunos da Escola Básica 2,3 Pedro de Santarém, em Lisboa, queixaram-se esta quinta-feira de agressões por polícias durante uma manifestação em frente ao estabelecimento contra o novo regime de faltas, acusação que a PSP nega, refere a Lusa.

Diogo Dinis disse ter sido agredido «na cara e na barriga» por polícias já no interior das instalações da escola, após o que foi levado para junto do Conselho Executivo por polícias para ser interrogado e identificado.

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Ruben, outro aluno da mesma escola, contou que polícias lhe deram «chapadas» e apertaram o pescoço no interior das instalações escolares, após o que também foi interrogado e identificado.

Os dois alunos não pretendem contudo apresentar queixa das agressões na polícia.

Isabel Almeida, mãe de uma aluna daquela escola, disse que a filha foi agredida por um «polícia bastante arrogante da 3ª Divisão» e que conta apresentar queixa, já que tem a identificação do agente.

Segundo Isabel Almeida, as agressões dos polícias a alguns alunos terão ocorrido pouco depois das 08:00 quando os jovens chegaram à escola - que tinha os portões encerrados a cadeado - e «decidiram de forma pouco correcta atirar ovos contra a escola, enquanto pais e encarregados de educação não se encontravam no local».

«Os alunos agiram mal, mas não se admite que os polícias agridam alunos de 12, 13, 14, 15 e 16 anos», disse, sublinhando ter questionado elementos da polícia no local sobre o sucedido e que «todos negaram ter agredido alunos».

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Outra versão

Outra versão referida por alunos foi a de que as alegadas agressões dos polícias aos estudantes ocorreram após estes terem atirado ovos aos carros da polícia estacionados frente à escola.

O Comando Metropolitano da PSP de Lisboa negou que estudantes tenham atirado coisas aos carros dos polícias e que estes tenham agredido qualquer estudante.

«O mais certo é chumbar o ano»

A concentração frente à escola visou protestar contra o novo regime de faltas definido no estatuto do aluno, ao abrigo do qual a partir de um certo limite de faltas - estabelecido pelo regulamento interno das escolas - o estudante tem que ser submetido a um exame suplementar.

A estudante Susana Nunes disse que esteve internada nove dias no hospital devido a uma «úlcera nervosa» e que com o novo regime de faltas, essas ausências às aulas, apesar de justificadas obrigam-na a ser submetida a «exames suplementares».

«O mais certo é chumbar o ano», lamenta a aluna, que questiona: «Se não assisti às aulas como é que vou saber a matéria?».

Apesar de cerca de cinco dezenas de alunos se manterem concentrados ao final da manhã frente à Pedro de Santarém, no interior da escola as aulas decorriam com normalidade, disse fonte do estabelecimento de ensino.

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