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Educação: contra a «examocracia» do Governo

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Movimento Escola Pública condena corte de cerca de 400 milhões previstos no memorando aasinado com a troika

O Movimento Escola Pública manifestou-se esta quinta-feira contra o que classifica de «examocracia», considerando que a cultura de exames põe em causa a igualdade de oportunidades e que o programa do Governo terá «consequências graves» na qualidade da escola pública, noticia a Lusa.

«Condenamos o corte de cerca de 400 milhões de euros previsto no memorando da troika para 2011 e 2012, verba que será poupada através da criação de mais mega agrupamentos e redução de pessoal, dando continuidade às políticas do anterior governo», diz o movimento ao criticar o corte orçamental imposto ao sector e o acordo com as entidades externas (UE, FMI e BCE).

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Escolas públicas rejeitam exmocracia do programa

Referindo-se ao programa do Governo no dia em que são conhecidos os resultados dos exames nacionais do 9.º ano, o Escola Pública alega que recusa frontalmente «a examocracia patente em todo o documento» programático.

«Através de provas para o 4.º, 6.º e 9.º anos e exames nacionais no 11.º e 12.º ano», prevê-se que a introdução de exames com peso na avaliação final seja um mecanismo de selecção para definir prematuramente o percurso escolar dos alunos, transformando a escola num centro de treino para exames e alimentando ainda mais o negócio crescente das explicações privadas», lê-se em comunicado.

O grupo alega que examinar «para excluir» é «a solução mais facilitista que pode existir».

O movimento confessa que está preocupado com a possibilidade de o peso das notas dos exames finais na avaliação dos professores», afirmando tratar-se de um ««mecanismo aleatório, incapaz de avaliar o trabalho concreto desenvolvido pelos docentes devido à diversidade dos contextos económicos, culturais e sociais de crianças e jovens».

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Pretende ainda a suspensão do actual modelo de avaliação de professores e condena a política de contratos de associação com estabelecimentos de ensino particular e cooperativo, «aparentemente sem condições, associada ao objectivo de desenvolver progressivamente iniciativas de liberdade de escolha» para as famílias em relação à oferta disponível, seja ela pública ou privada.

«Escola pública é para os pobres e a privada é para as clásses médias e altas»

«Desenha-se aqui um objectivo antigo dos sectores mais conservadores da sociedade portuguesa: uma escola pública para os pobres e uma escola privada para as classes médias e altas, financiada pelo dinheiro do Estado. Esta aposta do Governo merecerá a nossa oposição total», garantiu.

O movimento continua a defender a necessidade da redução do número de alunos por turma e por professor, temendo que possa ainda vir a aumentar com uma «redução drástica do número de docentes».

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