O presidente do Conselho de Escolas considera que será «bastante difícil» os alunos com mais de 15 anos retidos no 8.º ano fazerem com sucesso os exames que lhe permitirão terminar o ensino básico, pelo que a medida não terá «grandes efeitos práticos».
Alunos repetentes vão poder saltar do 8º para o 10º ano
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«Não contesto a justeza e a generosidade da medida, mas parece-me que vai ser bastante difícil, em termos práticos, o aluno ultrapassar este obstáculo», sustentou o presidente do Conselho das Escolas, um órgão consultivo do Ministério da Educação que representa as direcções das escolas.
Álvaro Almeida dos Santos destacou à Lusa que os alunos vão ter de fazer os exames nacionais de Português e Matemática e ainda os exames de todas as outras disciplinas, o que tem alguma dificuldade e vai exigir que o aluno esteja «muitíssimo bem» preparado.
«É evidente que se o aluno passar em todos estes exames, não me choca nada que entre no 10.º ano, porque demonstra conhecimentos e competência para o poder fazer», disse, acrescentando que no entanto será «um ou outro caso excepcional».
«De qualquer forma, o que me parece é que, tal como está, a medida não deverá ter um grande efeito prático», acrescentou.
Álvaro Almeida dos Santos adiantou ainda que os alunos com mais de 15 anos retidos no 8.º ano «serão um número residual» e mostrou «surpresa» por «só agora se ter notado que isto era possível, porque a legislação está publicada desde Março».
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