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«Paulo Macedo manietado pelo insensível ministro das Finanças»

Críticas do fundador do Serviço Nacional de Saúde ao atual ministro da Saúde

O fundador do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Arnaut, afirmou este sábado, em Coimbra, que «o Governo submeteu o SNS à tortura do "leito de Procusta", sujeitando-o à desumanidade da sua visão neoliberal e mercantil».

António Arnaut deixa fora da metáfora da medida única, daquela «conspiração, as pessoas de bem, que há nos dois partidos da coligação» governamental, entre os quais incluiu, «embora com alguma hesitação», o titular da pasta da Saúde, Paulo Macedo, «porque ele deve estar manietado pelo insensível ministro das Finanças».

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O setor privado tem «um importante papel complementar na prestação de cuidados de saúde, mas não deve parasitar ou viver à custa do setor público, através de convenções espúrias e de outras manigâncias conhecidas», com que «o Estado paga a conhecidos grupos económico-financeiros o ¿mensalão¿, que alimenta a sua gula devoradora», sustentou o antigo ministro dos Assuntos Sociais.

«Infelizmente, o PS não está isento deste desvio de regras de gestão dos dinheiros públicos e desta forma engenhosa de tentativa de privatização», lamentou António Arnaut, que falava este sábado à tarde, no auditório do Hospital Pediátrico de Coimbra, no fórum «SNS com futuro», integrado na «Semana em Defesa da Saúde», que será encerrado, ao final do dia, por António José Seguro.

A sustentabilidade do SNS, como «serviço público de que nos orgulhamos» e cujos «resultados excelentes» nem «a direita ultramontana contesta», não está em risco por causa da «escassez de recursos», defendeu o antigo dirigente do PS.

«A cupidez e consequente aversão dos grupos económicos que querem substitui-se ao Estado e fazer dos cuidados de saúde uma mera atividade mercantil» é que põem em causa a sustentabilidade do SNS, advogou António Arnaut.

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