Um estudo internacional sobre o impacto psicológico da crise financeira demonstrou que, entre a população ativa, são os jovens os que apresentam maiores níveis de stresse, disse à Lusa o coordenador nacional da investigação, Saul Neves de Jesus.
«É compreensível, tendo em conta que a incerteza quanto ao futuro é superior nos jovens, para além da falta de oportunidades com que estes se veem confrontados na atualidade», comentou o investigador da Universidade do Algarve (Ualg), que integrou o projeto em 2011.
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Segundo Saul Neves de Jesus, o estudo pode servir para a criação de programas orientados para a gestão do stresse que ajudem as pessoas a desenvolver uma atitude mais serena perante as dificuldades e permita controlar as emoções negativas e criar estratégias para lidar com as dificuldades.
«As pessoas devem desenvolver estratégias orientadas para o enfrentamento dos problemas, em vez de evitamento ou de apenas lamentação, de forma a encontrarem soluções para as dificuldades encontradas e a tornarem-se mais resilientes ou resistentes», comentou.
O estudo revelou, ainda, que o impacto psicológico da crise financeira é semelhante em homens e mulheres e também entre a população empregada e desempregada.
«O problema parece ser não tanto o estar numa situação de desemprego, mas sim as consequências desta situação para o sujeito, ao nível das dificuldades financeiras que isso possa representar», observou Saul Neves de Jesus.
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A Biblioteca Municipal de Faro acolhe hoje a apresentação de uma análise do impacto dos fatores económicos sobre o stress, a ansiedade e a depressão.
O estudo vai ter ainda uma fase de acompanhamento dos sujeitos estudados com vista à avaliação da forma como vão reagir em função das alterações que possam ocorrem na sua situação financeira.
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