A contraceção é utilizada por 94% das mulheres sexualmente ativas. A pílula é o meio mais utilizado pelas portuguesas, apesar do seu uso registar uma descida. Estas são as conclusões do maior estudo de contraceção realizado em território nacional.
Segundo o estudo da Sociedade Portuguesa de Genecologia e Obstetrícia, a utilização da pílula caiu de 62 para 58%. Apesar de continuar a ser o meio contracetivo preferido, na última década há mais de 12% das portuguesas que usaram outras alternativas. A escolha deve-se a “estarem mais bem esclarecidas”, garante Daniel Pereira da Silva, coordenador do estudo.
“Há casos em que a pílula não está indicada ou a pílula representa um risco em relação a alguns eventos”.
88% das mulheres inquiridas admitem também esquecer-se de tomar o contracetivo regularmente.
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O DIU, o implante subcutâneo, o adesivo e o anel vaginal registaram uma subida na utilização como alternativa, uma vez que “os métodos de longa duração são menos dependentes da utilizadora e garante-lhes maior eficácia”, afirma o especialista.
Também a pílula do dia seguinte é usada com mais frequência. 88% das mulheres afirmaram conhecê-la e aos seus efeitos e 17% admitiu já a ter tomado. O uso do preservativo masculino também aumentou, assim como o uso de dois métodos em simultâneo: “O preservativo enquanto prevenção para as doenças sexualmente transmissíveis e a contraceção com outro meio”.
O estudo revela ainda que os portugueses estão cada vez mais informados sobre contraceção.
“A educação sexual nas escolas é uma realidade e a Internet tem uma importância enorme na procura de informação. 70% das mulheres afirmaram ter alguma formação na área da educação sexual, algo completamente diferente de há dez anos”.
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