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Cocaína: «Portugal na rota do grande tráfico»

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Afirma responsável da Casa Branca para as políticas de combate à droga, conhecido como «czar da droga»

Portugal está na rota internacional do tráfico de droga e tem registado nos últimos anos um aumento dos «carregamentos de cocaína», disse à Lusa o máximo responsável da Casa Branca para as políticas de combate à droga, John P. Walters.

Em entrevista à Lusa na embaixada norte-americana em Lisboa, o director do Gabinete de Política de Combate à Droga dos Estados Unidos, que a administração norte-americana apelida de «czar da droga», afirmou que há dados recentes que demonstram que «nos últimos cinco ou sete anos os carregamentos de cocaína têm aumentado para países europeus como Portugal, Espanha» e sobretudo para os países na costa africana, de onde são depois introduzidos na Europa.

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O responsável, que funciona como um ministro para as questões da droga e gere um orçamento anual de 19 mil milhões de dólares (12 mil milhões de euros), avançou que nos últimos anos se têm registado «múltiplos sinais de escassez de cocaína nos Estados Unidos, um aumento do preço de rua e uma descida na qualidade da droga vendida».

«A pergunta que se coloca e uma das nossas principais preocupações - especialmente ao vermos que menos cocaína chega aos EUA - é perceber se a cocaína continua a ser produzida na mesma quantidade e se aumentou aquela que vai para a Europa», explicou.

Rotas estão a mudar

O responsável lembrou que «as rotas internacionais de tráfico de droga para a Europa têm vindo a mudar» e a Costa ocidental da África está a tornar-se cada vez mais «um lugar de tráfico para a rota de cocaína».

Durante a sua visita a Portugal, o responsável norte-americano reuniu-se com a Polícia Judiciária e outras autoridades portuguesas, responsáveis do Ministério da Saúde pela área de prevenção e tratamento e membros do Observatório Europeu de Drogas e Toxicodependência.

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Uma das prioridades no combate ao tráfico de droga passa por trabalhar directamente com a Europa no sentido de «garantir uma boa troca de informação» e «reduzir a procura» através do reforço «da educação, informação e da área da saúde».

Para chegar a África

Segundo este responsável do Governo norte-americano Portugal poderá ter um papel «fundamental e privilegiado» na mediação com nações como a Guiné-Bissau.

O director do Gabinete da Política de Drogas dos Estados Unidos, John P. Walters, sublinhou que é muito importante «cooperar globalmente» com países como Portugal, que «têm uma melhor habilidade em trabalhar com Estados africanos».

PP

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