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Namorada de espião agredida

Queriam saber informações sobre um projecto das secretas americanas

O primeiro cidadão norte-americano a pedir asilo político em Portugal já foi notícia nos jornais e na Agência Lusa, nas quais era acusado de ter agredido a portuguesa com quem vive, segundo os relatos da polícia.

A 16 de Dezembro de 2004 a Polícia foi chamada a uma habitação da Baixa de Lisboa, próximo da Rua da Palma, onde alegadamente um homem teria agredido uma mulher, reportavam as notícias.

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Só que a investigação posterior veio a confirmar que não se teria tratado de violência doméstica, mas uma anterior agressão, concretizada por dois desconhecidos que falavam inglês, à companheira do norte-americano identificado como Daniel Bates Jaffee.

Na véspera, ao princípio da noite, quando seguia para a casa onde habitava com Jaffee, Paula Batista, segundo relatou à Lusa e consta no inquérito realizado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), foi agredida com um pau na cabeça, encapuzada por dois homens que a levaram para um local desconhecido.

Terá sido espancada, violada e queimada enquanto os dois homens lhe perguntavam o que sabia sobre o «Simone System», um projecto das secretas norte-americanas de que Daniel seria um dos responsáveis antes de abandonar o país.

Nas suas contas, a sessão de tortura terá durado quatro horas, antes de voltar a ser deixada na rua onde fora capturada.

Com receio que a sua ida ao hospital atraísse a atenção da polícia, dada a extensão dos ferimentos que apresentava, Paula Batista contou agora à Lusa que optou por se tratar em casa.

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Como nessa altura o companheiro estava em situação ilegal, a ida das autoridades poderia significar a sua detenção e posterior deportação para os Estados Unidos, para onde ele garante que só irá morto.

Contudo, a gravidade das feridas tornaram o sofrimento insuportável e acabaram por pedir socorro, pedindo a uma amiga que chamasse assistência.

Quando viram «os inúmeros hematomas e enormes extensões do seu corpo queimadas», como relataram ao DIAP, optaram por chamar a PSP, dado que poderiam estar na presença de um crime.

A chegada dos agentes levou Daniel a barricar-se no quarto, alegando que se suicidaria se a polícia tentasse entrar. Chegou mesmo a fazer golpes num braço e no pescoço com uma faca.

Teriam que ser elementos do Grupo de Operações Especiais da PSP (GOE) a entrar à força no quarto e a desarmar o norte-americano, levando-o detido, enquanto a companheira seguia para o hospital onde esteve internada largos dias.

No final, o inquérito do DIAP conclui que as agressões a Paula não foram cometidas pelo companheiro, mas nunca apurou os autores das agressões.

Desde então, conta agora Paula Batista, já que Daniel Jaffee, que diz chamar-se realmente Kenneth Alan Turing, não sai de casa com medo de ser capturado, têm vindo a receber várias ameaças, através da Internet, por telemóvel ou mesmo visualmente, quando viram indivíduos a fotografar a casa onde residem a partir da varanda de um hotel próximo.

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