Os terroristas islamitas continuam muito activos na União Europeia mas os serviços de segurança estiveram «muito activos» e frustraram numerosos projectos de atentados em 2008, declarou esta quinta-feira um responsável da EUROPOL, escreve a Lusa.
«Um único atentado imputável ao terrorismo islamita foi cometido na UE em 2008, num restaurante no Reino Unido, mas a bomba foi activada demasiado cedo e só fez uma vítima, o próprio terrorista», segundo Mariano Simancas, director adjunto do Organismo Europeu de polícia, durante uma conferência de imprensa em Bruxelas.
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«Maioria são homens»
«Mas muitos projectos foram frustrados», precisou, citando a Alemanha e a Itália, e «187 pessoas foram detidas», nomeadamente «em França, na Reino Unido e em Espanha».
«A maioria são homens. Eles estavam organizados em pequenas células autónomas e independentes, muito móveis e isso continua a ser preocupante», explicou.
Estes terroristas financiam-se essencialmente «desviando fundos destinados a organizações ou associações de caridade» e «a Internet é a sua ferramenta de comunicação e de propaganda», indicou.
«Só sete países europeus comunicaram ter sido alvos em 2008 mas a ameaça é sentida por todos», insistiu.
Terrorismo separatista
O terrorismo islamita - a EUROPOL fala de «terrorismo jihadista» - não é contudo a mais prevalecente das formas de terrorismo.
Dois 515 ataques ou projectos de ataques terroristas registados na UE em 2008 pelos quais foram detidas 1.009 pessoas - 387 são imputáveis ao «terrorismo separatista», sublinhou Simancas. A quase totalidade deles, 98 por cento, «era planeada em Espanha e França», acrescentou.
«Um outro tipo de acções é imputável aos grupos de extrema-esquerda, anarquistas», responsáveis por 28 ataques, em Espanha e na Grécia. Cinquenta e oito pessoas detidas em 2008 por actividades terroristas estavam ligadas a estes movimentos, precisou.
«Os serviços de segurança e de polícia foram muito activos» na UE mas a «ameaça terrorista permanece», advertiu.
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