Uma mega-fraude no Exército terá lesado o Estado em pelo menos 500 mil euros. Um tenente-coronel terá liderado o esquema que envolve militares e civis. A Polícia Judiciária já constituiu 32 arguidos.
A burla nos serviços de saúde do Exército utilizaria cartões falsos para consultas, exames e tratamentos médicos. O esquema passava também pela duplicação de despesas que não realidade não existiam.
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A extinta Assistência a Doença dos Militares do Exército (ADME) recebia dinheiro do Estado por aquelas despesas declaradas, mas inexistentes. O dinheiro seria depois distribuído pelos envolvidos no esquema e de acordo com o grau de envolvimento de cada um.
Durante os cinco anos de investigação, as mais de 100 audições e 40 buscas, a PJ detectou ainda cartões de saúde falsificados para civis, que nada tinham a ver com o Exército.
O porta-voz da instituição confirma a investigação, mas recusa comentar o caso.
O tenente-coronel, suspeito de liderar todo o esquema, está agora na reserva. Há, no entanto, outras altas patentes suspeitas de envolvimento na burla. Entre elas estão outros tenentes-coronéis e majores, bem como majores. Todos trabalhavam directamente na então ADME.
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