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Polícia Científica investiga

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Setúbal: três pisos ficaram destruídos e fachada do edifício tombou em cima de veículos estacionados, mas não será necessário demolir o prédio. Explosão terá sido por causa de fuga de gás. A Galp enviou uma equipa. Todos os feridos já tiveram alta. Prédio está a ser agora avaliado

[Última actualização esta sexta-feira às 11h41]

A Polícia científica está a investigar a explosão violenta de gás natural ocorreu esta quinta-feira às 18h37, junto ao hipermercado Intermarché, em Setúbal. Técnicos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) dizem que não é necessário demolir o prédio.

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Segundo Mário Macedo, dos Sapadores Bombeiros de Setúbal, «a Polícia Científica está agora no local a recolher indícios» sobre a causa da explosão, agora que terminou a vistoria do LNEC.

Segundo o último balanço, 40 pessoas ficaram feridas, mas já tiveram todos alta hospitalar. Não foi ainda divulgado o número oficial de desalojados, mas 66 moradores passaram a noite em hotéis, segundo apurou o PortugalDiário junto da Protecção Civil. Haverá uma reunião com moradores há tarde.

Galp investiga

Contactada pelo PortugalDiário, a Galp Energia refere ter «enviado para o local uma equipa técnica que colocou de imediato a instalação em segurança.» Apesar de sublinhar que «as causas da explosão são ainda desconhecidas», a empresa escreve em comunicado que «iniciará uma investigação para apurar as causas do acidente».

A Lusa apurou que os técnicos de gás natural que se encontravam a trabalhar no edifício eram da Galp Prime. O PortugalDiário tentou contactar a empresa, que não quis prestar declarações.

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Um morador garantiu à agência Lusa que estava a ser feita mudança do gás propano para natural. Segundo Luís Caturra, pediatra do Hospital de São Bernardo, que ficou temporariamente desalojado, «na quinta-feira estiveram no prédio técnicos de uma empresa de gás a fazer experimentação das colunas de gás».

Na terça-feira, foi colocada uma informação à porta do prédio tendo em vista uma alteração de gás propano para gás natural e outra informação da administração do condomínio a informar que tinha autorizado essa operação, acrescentou.

Ao mesmo tempo, elementos da mesma empresa estavam a contactar diversos moradores do prédio a solicitar-lhes que assinassem contratos de fornecimento de gás natural, alegando que 67 por cento dos moradores já tinham aderido à alteração de fornecimento de gás.

A administração da empresa é coadjuvada pela empresa de gestão de condomínios ServiBocage, que a agência Lusa tentou contactar sem sucesso.

A explosão deu-se no último andar de um prédio de 12 pisos, na Praceta Afonso Paiva, tendo destruído a fachada dos três últimos pisos e ainda atingido, com estilhaços e vidros, pessoas que passavam na rua. As paredes do edifício tombaram sobre carros estacionados, deixando um «buraco no prédio».

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Cerca de meia centena de viaturas ficou danificada, tendo os veículos sido retirados do local pelos meios da Policia de Segurança Pública e da Câmara de Setúbal. Os veículos danificados, alguns totalmente destruídos, foram removidos para uma zona de parque junto aos bombeiros de Setúbal.

Intermarché abanou

A explosão «muito violenta» foi sentida nos edifícios e lojas junto ao prédio e terá sido ouvida a vários quilómetros de distância, na cidade de Setúbal. Uma fonte do Intermarché, situado a cerca de 100 metros do prédio, contou ao PortugalDiário que três pisos do edifício ficaram «completamente destruídos», «há lojas com vidros partidos» e vários produtos do supermercado «caíram das prateleiras». Testemunhas no local indicam que não há fogo.

Os acessos à zona do edifício onde ocorreu a explosão, perto do quartel de Bombeiros Sapadores de Setúbal, ficaram imediatamente muito congestionados, com um elevado número de veículos de emergência e ambulâncias a acorrer ao local. De acordo com o CDOS, estiveram no local 14 veículos e 46 bombeiros.

A explosão terá tido origem no sistema de distribuição de gás que abastece o edifício, disse o comandante de operações.

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