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Casa Pia: 16 anos de prisão para jovem que esfaqueou aluno

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Após condenação alguns confrontos, à porta do tribunal, provocam feridos

Artigo actualizado às 14h27

Confrontos entre amigos do aluno da Casa Pia assassinado, em Dezembro de 2008, e do autor confesso do crime fizeram esta sexta-feira quatro feridos, junto ao tribunal, após a condenação do homicida a 16 anos e oito meses de prisão, escreve a Lusa.

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Vários elementos da Equipa de Intervenção Rápida da PSP intervieram nos confrontos, mas a violência continuou nas ruas próximas do Campus de Justiça de Lisboa, no Parque das Nações, onde foi lida a sentença.

Pelo menos dois jovens ficaram feridos, sendo que um deles foi detido na sequência destes confrontos. O detido, Carlos Miguel Varela, é irmão do jovem assassinado no colégio de Pina Manique da Casa Pia.

A violência que se seguiu à condenação foi contida e os cerca de 40 jovens envolvidos nos confrontos acabaram por dispersar. No local, estiveram duas ambulâncias dos Bombeiros Voluntários de Cabo Ruivo e elementos da polícia.

16 anos e oito meses de prisão

Ruben Moreno foi condenado, esta sexta-feira, a 16 anos e oito meses de prisão após ter confessado o homicídio de Eucrides Varela no colégio de Pina Manique da Casa Pia a 12 de Dezembro de 2008.

Os restantes 15 arguidos, acusados de participação em rixa, foram todos condenados a penas de prisão suspensas, mas foram obrigados pelo tribunal a completar a educação escolar e a participar em actividades lúdicas extra-curriculares.

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Segundo a juíza presidente, qualquer incumprimento destas decisões pode impedir a suspensão da pena e levar por isso os arguidos para a prisão.

Os arguidos foram ainda condenados a pagar 20 mil euros à Casa Pia, que pedia uma indemnização de 80 mil.

No final da audiência, o advogado da família da vítima Luís Oom considerou que a condenação de Ruben Moreno «não é exagerada» e salientou o facto de ter ficado apurada a responsabilidade da Casa Pia.

Quanto à suspensão da pena aos restantes arguidos, o advogado discordou da decisão do tribunal, alegando que os jovens «ficaram com a sensação de impunidade».

Segundo Luís Oom, «foi dado como provada a violação do dever de zelar pela segurança de Eucrides Varela, aluno da instituição».

O advogado adiantou que está a ser preparado um pedido de indemnização civil da família à Casa Pia, acusando a directora da instituição de, anteriormente, «ter oferecido 25 mil euros à família de Eucrides Varela pela porta do cavalo».

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A condenação de Ruben Moreno terminou em confrontos entre grupos rivais à porta das Varas criminais. Amigos e familiares da vítima e do homicida agrediram-se mutuamente com violência.

Ouvido hoje em tribunal

O jovem detido durante os confrontos será presente à tarde a Tribunal, afirmou o pai do rapaz, assegurando que este só quis proteger a mãe. Miguel Varela defende que o filho apenas tentou socorrer a mãe de eventuais agressões, mas foi acusado de ter batido na Polícia de Segurança Pública (PSP).

Negando qualquer agressão às autoridades policiais, Miguel Varela acusa a PSP de ter reprimido o filho, deixando-o com ferimentos na testa e no nariz.

Dois polícias feridos

Através de comunicado a PSP explicou o sucedido. Um jovem foi detido por «agressões a agente da autoridade», dois polícias ficaram feridos e um outro jovem também.

A Polícia de Segurança Pública refere, no comunicado, que o irmão da vítima, de 22 anos e «com antecedentes criminais, foi detido durante reposição da ordem e ofensas aos elementos policiais, resistindo à acção policial, motivo pelo qual houve necessidade de usar de força física durante a algemagem», tendo sofrido «ferimentos ligeiros».

Dois elementos da Equipa de Intervenção Rápida «foram agredidos», tendo «vários hematomas no corpo, devido a agressões físicas», necessitando ambos de tratamento hospitalar. Tal como, também durante a desordem, um dos jovens intervenientes sofreu ferimentos na cabeça, tendo igualmente necessidade de tratamento hospitalar.

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