O bastonário dos advogados criticou, esta terça-feira, a posição da Associação Sindical dos Juízes Portugueses quanto aos «escassos esclarecimentos» sobre o caso Face Oculta por parte da Procuradoria-Geral da República e do Supremo Tribunal de Justiça, considerando que «descredibiliza a justiça».
Num editorial divulgado esta terça-feira, a Associação Sindical de Juízes Portugueses (ASJP) avança que «o silêncio, ou os escassos esclarecimentos, a que se remeteram de novo as autoridades judiciárias que fizeram a avaliação final dos indícios não contribuiu, em nada, para a credibilidade da Justiça», e pede que o procurador-geral da República (PGR) e o presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) esclareçam os factos que os levaram a desvalorizar alguns indícios recolhidos no inquérito do caso Face Oculta.
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Questionado sobre esta posição, o bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho Pinto, disse que «a maior descredibilização da Justiça em Portugal vem da posição dos sindicatos de titulares de órgãos de soberania». «O que descredibiliza a Justiça é magistrados andarem a fazer abertamente política, quando vestem o fato de macaco sindicalista para fazer actividade política pura e partidária como faz o sindicato de juízes», criticou Marinho Pinto, em declarações à agência Lusa.
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