Já fez LIKE no TVI Notícias?

PJ apreende 300 quadros falsos de Paula Rego e António Palolo

Relacionados

Estavam na posse de diversos comerciantes e colecionadores

Notícia atualizada às 17:37

Uma dezena de pessoas foram burladas através de um esquema de falsificação e venda de quadros da autoria dos pintores António Palolo e Paula Rego, informou a Polícia Judiciária (PJ).

PUB

Segundo a PJ, foram apreendidos 300 quadros falsos de Paula Rego e António Palolo, que se encontravam na posse de diversos comerciantes e colecionadores de arte em Lisboa, naquela que foi a maior apreensão do género no país.

De acordo com o coordenador de investigação criminal da PJ na área do combate à criminalidade dos bens culturais e obras de arte, João Oliveira, a apreensão destas obras resultou de uma investigação da Judiciária iniciada há cerca de um ano.

A PJ apreendeu três centenas de quadros falsos a particulares e em antiquários, leiloeiras e outros estabelecimentos comerciais mas, segundo João Oliveira, a investigação vai continuar.

«A investigação ainda está em aberto. Apelamos às pessoas que nos últimos anos compraram quadros destes dois autores fora dos circuitos mais credenciados que nos contactem, para apurarmos se se tratam de obras falsas», disse o coordenador durante uma conferência de imprensa que decorreu hoje nas instalações da PJ, em Lisboa.

PUB

João Oliveira adiantou que, caso fossem verdadeiros, os quadros já apreendidos nesta operação valeriam acima de um milhão de euros. No entanto, o coordenador da PJ referiu que muitos deles foram vendidos a preços abaixo dos de mercado.

«Seguramente que alguns deveriam desconfiar que os quadros não eram legais, mas muitos estavam de boa-fé. Não há nenhuma cópia fiel dos quadros. Mas há um quadro cujo trabalho do falsificador conseguiu enganar uma leiloeira, que elegeu essa obra como capa de leilão», referiu.

Durante a operação «Arco-Íris», que levou à apreensão das obras de arte falsas, além de ter apreendido vários quadros em galerias e estabelecimentos comerciais, a Polícia Judiciária efetuou seis buscas domiciliárias, onde recuperou parte das peças.

A Judiciária encontrou e apreendeu alguns certificados que atestavam falsamente a autenticidade de algumas das obras e constituiu arguido um homem, comerciante na área das antiguidades, pela posse de várias obras e por ser suspeito de ter introduzido no mercado um conjunto de quadros falsos.

«Era uma pessoa das relações do artista António Palolo», referiu João Oliveira, adiantando que há obras que vieram do estrangeiro para Portugal e que se desconhecem os autores das falsificações.

PUB

Relacionados

Últimas