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Escolas não funcionariam com corte sugerido pelo FMI de 50 mil professores

Federação Nacional de Educação diz que diminuições já registadas na contratação de docentes deixaram o sistema educativo «pelas pontas»

O presidente da Federação Nacional de Educação (FNE) disse, esta quarta-feira, que a dispensa de 50 mil professores apontada como um dos caminhos para a reforma do Estado, num relatório do FMI, «impossibilitaria o funcionamento do sistema educativo».

«Uma escola para todos e com preocupações de equidade não seria possível com uma redução dessa natureza, é uma redução que impossibilitaria o funcionamento do sistema educativo» afirmou João Dias da Silva.

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O dirigente da FNE sublinhou que tal redução «significaria um corte de 50 por cento dos professores que existem neste momento no sistema educativo».

«Isso não comportaria condições mínimas de funcionamento, significaria turmas gigantescas e horários de trabalho incomportáveis», frisou.

Aliás, segundo João Dias da Silva, «as diminuições já registadas nas contratações de professores, em resultado da reforma curricular, que reduziu determinadas ofertas educativas dos nossos alunos, depois do crescimento do número de alunos por turma e depois da diminuição do tempo de oferta de medidas complementares de apoio aos alunos com dificuldades, o sistema educativo em termos de professores estará pelas pontas».

«O Ministério da Educação vai realizar um concurso de passagem ao quadro de 600 professores, até agora contratados, porque é o número que corresponde a necessidades permanentes do sistema educativo», acrescentou.

A dispensa de 50 mil professores, o aumento das taxas moderadoras e um corte em todas as pensões são algumas das medidas propostas do Fundo Monetário Internacional num relatório pedido pelo Governo sobre o corte nas funções do Estado.

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No relatório, divulgado hoje pelo Jornal de Negócios, mas que tem data de dezembro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) detalha medidas que «poderão aumentar a eficiência do Estado, reduzindo a sua dimensão de forma a suportar a saída da crise».

No documento, o FMI propõe «um corte permanente na despesa de quatro mil milhões de euros a partir de 2014, que poderá ser precedido de uma redução de 800 milhões já este ano».

Redução de funcionários e salários na Educação, Saúde e forças de segurança e cortes no Estado Social, que consideram iníquo, especialmente para os mais jovens, são algumas das áreas a que o FMI dá especial atenção.

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