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Incêndios ameaçam aldeias e obrigam a retirar idosos

Fogos combatidos no concelho de Mangualde e Caminha continuam a ser os mais preocupantes. Em conjunto mobilizam mais de 500 operacionais

De momento, as zonas de maior dificuldade de combate às chamas são "em Mesquitela e Cunha Alta", acrescentou. Os bombeiros acabariam por salvar uma habitação das chamas. No combate às chamas estavam envolvidos às 18:10, 300 bombeiros, apoiados por 97 viaturas, um helicóptero, um avião pesado e dois médios. O risco de incêndio vai diminuir nos próximos dias nas regiões do litoral norte e centro e manter-se elevado no interior devido à descida da temperatura prevista já para terça-feira, disse fonte do IPMA.

Dois grandes incêndios florestais em Cubos, Mangualde, e em Castanheira, Caminha mobilizam nesta altura mais de 500 operacionais e destacam-se como os mais preocupantes em todo o país.

Segundo informações da Autoridade Nacional de Proteção Civil há neste momento 27 incêndios em curso em Portugal, porém estes são os que mais preocupações apresentam aos bombeiros:  Em Cubos, o incêndio já levou ao corte da Linha da Beira Alta, por volta das 12:30, enquanto em Caminha a frente em Arga de Baixo já obrigou à deslocação de idosos para zonas mais afastadas do fogo.

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O incêndio de Cubos é um dos três incêndios florestais que lavram esta segunda-feira no concelho de Mangualde, distrito de Viseu, combatidos por mais de 200 homens. Só o de Cubos mobiliza 131 operacionais, apoiados por 38 viaturas. 

Segundo informações do CDOS os outros dois incêndios lavram em Pinheiro de Cima e em Espinho, que tiveram início às 12:26 e às 12:20, respetivamente. 

Os incêndios "estão próximos" e "há aldeias e casas em perigo" na zona de Pinheiro de Cima, referiu a mesma fonte. 

Em Pinheiro de Cima, estão a combater as chamas 72 operacionais, apoiados por 19 viaturas e três meios aéreos. Já em Espinho, estão no terreno 23 homens, quatro viaturas e quatro meios aéreos. 

A proximidade dos incêndios e o facto de estar próximo de aldeias já levou o presidente da Câmara de Mangualde a ativar o Plano de Emergência Municipal, que pondera avançar com um pedido de  declaração de calamidade pública.

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Um dos incêndios passou pelo "perímetro urbano da cidade" e "colocou em causa 150 habitações", o que levou à retirada de "idosos e crianças", disse à agência Lusa o presidente da Câmara, João Azevedo, afirmando considerar a "situação catastrófica".

Para o autarca, o caso "é de grande exceção", pelo que está a ser ponderado "um pedido de declaração de calamidade pública em Mangualde".

De acordo com João Azevedo, já arderam "umas centenas largas de hectares do concelho", estando "em perigo a aldeia de Mesquitela e a zona da estação de Mangualde", o que também levou à retirada de algumas pessoas desses locais.

"O mais estranho é que este incêndio tenha sido projetado para dentro da cidade de Mangualde", referiu, considerando que se as chamas não forem combatidas "durante o dia, teremos uma noite de inferno".

Os Bombeiros Voluntários de Mangualde já lançaram um apelo à população para levar bens essenciais ao quartel, "como sumos, água, sandes e fruta", para ajudar os homens que combatem os incêndios no terreno, refere uma nota da Câmara Municipal.

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                                                            Incêndio em Vila Nova da Cerveira (Foto: Lusa)

Na aldeia de Castanheira, na Serra D'Arga, em Caminha, foi a "grande intensidade" das chamas que levou a Proteção Civil a retirar a população idosa para um local seguro, disse à Lusa o autarca local. 

O socialista Miguel Alves adiantou que "foi feito um apelo à população em geral para se manter afastada daquela zona, a mais crítica do fogo florestal que teve início no sábado, no concelho vizinho de Vila Nova de Cerveira, e entrou em Caminha no domingo à tarde. 

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"Vive alguma tensão e apreensão. Este é o momento decisivo. Pode correr tudo bem ou podemos perder o controlo das chamas", afirmou, adiantando que a segunda frente do incêndio, que lavra em Vilar de Mouros "está dominada". 

Segundo o autarca Miguel Alves, que se encontra no local a acompanhar as operações de combate, aquela habitação foi salva do fogo mas as chamas lavram com "bastante intensidade" e estão próximo de outras habitações da aldeia de Castanheira.

"Os bombeiros estão posicionados juntos às casas para as defenderem das chamas", adiantou.

No Alto Minho, o incêndio que lavra no concelho de Monção tem uma frente ativa que está a preocupar os bombeiros.

Em Arouca (Aveiro) 178 operacionais, apoiados por 52 veículos e três meios aéreos continuavam, às 18:45, a combater as chamas que deflagraram na zona de Canelas e Espiunca, em povoamento florestal, pelas 15:45 de hoje, igualmente de acordo com a página da Proteção Civil.

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Os incêndios que lavram nos concelhos de Vila Flor (Bragança) e de Gouveia (Guarda), desde as 14:50 e das 14:45, mobilizem 128 operacionais, 28 veículos e um meio aéreo, e 145 bombeiros, 45 viaturas e um meio aéreo, respetivamente.

Na zona de Lisboa, em Loures, mais precisamente na localidade de Murteira, estiveram a combater as chamas mais de 150 bombeiros e outros operacionais, num incêndio que obrigou a evacuar um canil privado. O fogo esteve ativo numa zona de mato durante cerca de três horas.

Um outro incêndio consumiu uma área de eucaliptos e mato em Alcoentre, concelho de Azambuja, obrigando à proteção de habitações, mas sem provocar outros danos.

As chamas deflagraram cerca das 16:00 e foram consideradas dominadas às 18:50, revelou a fonte do CDOS de Lisboa. No combate ao fogo estiveram envolvidos 180 bombeiros, apoiados por 50 veículos e dois meios aéreos.

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Já o incêndio que deflagrou domingo em Miranda do Corvo e se estendeu aos concelhos vizinhos de Lousã e Vila Nova de Poiares consumiu mil hectares de floresta, disse à agência Lusa o presidente da Câmara, Miguel Baptista.

"Foi um dos piores incêndios dos últimos anos no concelho", frisou o autarca Miguel Baptista, salientando que, durante o dia de hoje, se registaram vários reacendimentos prontamente atacados pelos bombeiros e meios aéreos.

De acordo com a página da Proteção Civil desde as 00:00 de hoje ocorreram 238 fogos.  

Risco de incêndio vai diminuir nos próximos dias

“A tendência é que o risco diminua nos próximos dias, principalmente no dia 12 [quarta-feira], onde já se prevê precipitação”, afirmou à agência Lusa a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) Joana Sanches.

Em relação às temperaturas, o IPMA prevê que comecem a descer na terça e na quarta-feira e que continuem até ao final da semana abaixo dos 30 graus em todo o território, com exceção das regiões do sul, onde as temperaturas vão chegar aos 30 graus.

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Segundo o IPMA, o risco “diminui nas regiões do litoral norte e nentro, onde há mais nebulosidade, mais humidades, o que ajuda a que o risco de incêndio diminua”.

Segundo a Autoridade Nacional da Proteção Civil, domingo e sábado foram os dias com mais incêndios desde o início do ano. No domingo foram registados 382 incêndios e no sábado 295.

Os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro e Viseu foram os mais atingidos.

 

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