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Incêndios: fase crítica começa hoje com menos meios

Este ano há mais fogos e mais área ardida

A época mais crítica em incêndios florestais começa esta sexta-feira com menos meios de combate aos fogos do que no ano passado, sendo os cortes mais visíveis nos meios aéreos.

Durante a fase «Charlie» de combate a incêndios florestais, que se prolonga até 30 de Setembro, vão estar operacionais 9.210 elementos (menos 775 que no ano passado), 2.018 viaturas (menos 158) e 41 meios aéreos (menos 15), além dos 237 postos de vigia da responsabilidade da GNR.

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Os cortes no dispositivo de combate a incêndios são justificados com o «período de necessária contenção da despesa pública», tendo o anterior secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, estimado uma poupança de 11,5 milhões de euros para o Estado na redução dos meios de combate.

Em declarações à agência Lusa, o comandante nacional de Operações de Socorro (CNOS), Vítor Vaz Pinto, disse que os meios disponíveis para combater os incêndios florestais este ano vão responder com «eficiência e eficácia», apesar dos cortes.

O novo CNOS manifestou «confiança» no dispositivo, considerando que «já atingiu maturidade e deu provas nos anos anteriores».

Vítor Vaz Pinto sublinhou ainda que os meios aéreos «são fundamentais para ajudar no combate de incêndios florestais e para regular os fogos na fase inicial, mas só por si não resolvem o problema».

Também o Exército Português vai reduzir para quase metade o número de militares em operações de combate aos incêndios florestais este ano, devido aos cortes financeiros impostos pelo Governo, segundo o Estado-maior daquele ramo militar.

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A Liga dos Bombeiros Portugueses já se manifestou preocupada com a redução dos meios no combate aos fogos, mas garantiu que os «bombeiros portugueses não vão deixar o país descalço» perante as adversidades.

O novo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, também já garantiu que «aquilo que está neste momento previsto é o que é necessário para combater os incêndios».

Além da redução de meios, a época mais crítica em fogos florestais também começa com mais área ardida e ocorrências do que ano passado.

O relatório provisório da Autoridade Florestal Nacional (AFN) indica que a área ardida entre Janeiro e Maio mais do que duplicou em relação ao mesmo período de 2010. Nos cinco primeiros meses do ano, arderam 6.755 hectares de florestas e registaram-se 3.676 ocorrências de fogo.

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