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Vandalismo é principal causa dos grandes incêndios

Mas o fogo posto também ocupa lugar de destaque. Queimadas e comportamentos negligentes são outras das causas apontadas. Segundo relatório da DGRF, cerca de 0,5 por cento dos fogos registados este ano foram responsáveis por 3/4 da área ardida

Entre 1 de Janeiro e 28 de Agosto de 2005, a Direcção Geral dos Recursos Florestais (DGRF) registou 28.670 incêndios, que consumiram 240 mil hectares de terreno. Mas o grande flagelo dos fogos florestais deste Verão deveu-se sobretudo aos incêndios de grandes dimensões. Segundo um relatório da DGRF, 172 fogos (cerca de 0,5 por cento) foram responsáveis por mais de 3/4 da área ardida (125.754 hectares).

Em colaboração com o Corpo Nacional da Guarda Florestal, a DGRF elencou as causas destes grandes incêndios [são considerados grandes incêndios os fogos que consumiram mais de cem hectares]. Embora cerca de 84 ocorrências ainda estejam sob investigação, a maioria das averiguações indica o vandalismo (comportamentos destrutivos, mas que não têm intenção de provocar um incêndio) como principal causa dos incêndios de grandes dimensões - isto aconteceu em 21 fogos que queimaram 24.731 hectares.

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Entre as causas identificadas, o incendiarismo também ocupa um lugar de destaque. Dez dos grandes fogos florestais, responsáveis pela destruição de quase quatro mil hectares, tiveram mão criminosa.

Seguem-se os incêndios como consequência de queimadas (para destruição de lixos, renovação de pastagens ou áreas de caça) - sete casos-, e por acidente - sete ocorrências.

Entre as causas apuradas estão ainda a negligencia de fumadores (cinco casos), lançamento de foguetes (3 situações), incidentes de caça (três ocorrências), trovoadas (um caso) e fogos provocados por máquinas e equipamentos, incluindo caminhos-de-ferro (dois casos). Em 15 situações não foi possível averiguar o motivo concreto do incêndio.

Recorde-se que o fogo que deflagrou em Vila Nova de Poiares e que depois chegou às portas da cidade de Coimbra teve origem num tractor, que terá provocado a primeira ignição. Mas foi também em Coimbra que foi detido o maior número de incendiários - 32 das 126 detenções da Polícia Judiciária.

Coimbra integra ainda a lista dos distritos mais afectados pelos incêndios florestais. Segundo o relatório da DGRF, até ao dia 28 de Agosto, os maiores valores de área ardida foram registados nos distritos da Coimbra (22.661 hectares), Aveiro (19.108 hectares), Leiria (18.822 hectares) e Vila Real (17.559 hectares). Por outro lado, o maior número de ocorrências verificou-se nos distritos do Porto (6.518), Braga (3.906) e Aveiro (3.612).

Recorde-se que a área ardida em 2005 é a segunda maior dos últimos anos, sendo apenas ultrapassada pelos números de 2003 (378 mil hectares), e a época de fogos está ainda longe do fim.

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