É a primeira grande entrevista de Lopes da Mota depois do envolvimento no caso Freeport. O presidente da Eurojust lamenta, ao «24 Horas», a confusão lançada à sua volta e assegura que as insinuações feitas nos últimos meses são falsas e infundadas.
Logo na primeira reposta, assegura que nunca recebeu um pedido de intervenção por parte do primeiro-ministro, até porque em Portugal depende apenas do procurador-geral da República. Aliás, para além do caso Freeport, também foi falada a sua possível ajuda a Fátima Felgueiras:
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«O chamado caso Felgueiras foi alvo de inquérito, a meu podido, e concluiu-se que nada fiz, porque nada fiz. Também gostava de saber porque continuam a fazer-me acusações falsas e infundadas, sem respeito algum pela verdade, pela minha pessoa e pelos meus direitos».
Lopes da Mota mantém-se no cargo e vai avisando: «Um magistrado não se demite. Está sujeito às regras do Estatuto do Magistério Público. Continuo, com muita honra, a fazer o meu trabalho de presidente de um órgão europeu, para que fui eleito, com a confiança e apoio dos colegas. (...) O que se passa em Portugal nada tem a ver com as minhas funções de presidente do organismo. Lamento profundamente afirmações feitas por responsáveis políticos portugueses ponto em causa a minha situação no Eurojust».
O presidente do Eurojust também assegura não ter qualquer ligação ao Partido Socialista, dado que no Governo de António Guterres era secretário de Estado da Justiça, mas como independente.
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