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«Era escravo da nicotina»

Fumou desde os 14. Chegava aos quatro maços por dia e acordava para fumar. Durante a noite, ia às bombas de gasolina para comprar tabaco. Mas um dia livrou-se do vício. Saiba como Quando a vontade não chega: terapias que ajudam a deixar de fumar

Fernando Souto considera que o feito de maior valor que conseguiu na vida foi deixar de fumar. O vício do tabaco acompanhou-o durante mais de metade da vida. Durante 21 anos foi «escravo da nicotina», contou ao PortugalDiário.

«Fumei desde os 14 anos. Claro que comecei para mostrar aos meus amigos que era homem. E assim fiquei escravo do cigarro», explicou. Depois, foram 13 anos de vício, até que conseguiu parar. «Fumei até aos 27 anos e fiquei 24 meses sem fumar. Quando achava que estava livre do cigarro, fumei um para aliviar o stress e fiquei de novo escravo do tabaco».

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Fernando Souto é polícia e na altura tinha concorrido a sub-chefe. «Aguardava com ânsia os resultados» e a nicotina ajudava. «Peguei de estaca», brinca. Mas a verdade é que foram mais oito anos em que o cigarro tinha de estar sempre presente. «Na altura em que deixei de fumar fumava 4 a 5 maços de tabaco por dia. Diz quem me conhecia que a única imagem que tinham de mim era de cigarro na boca».

Acordava para fumar

A vida de Fernando Souto era regida pelo tabaco. «Era tão agarrado que durante a noite acordava para ir à casa de banho e se me deitasse e só tivesse 3 ou 4 cigarros, não conseguia dormir pois podia querer fumar durante a noite e eles não chegarem». A ansiedade era tal que se levantava «e ia às bombas de gasolina comprar tabaco. Cheguei a fazê-lo às 3 e 4 da manha».

Saber que não iria poder fumar era complicado. «Nas viagens, tomava calmantes e dormia a viagem toda, senão dava-me um ataque de nervos. Odiava reuniões, viajar: tudo que me impedisse de poder fumar quando o desejasse».

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Quando a vontade não chega: terapias que ajudam a deixar de fumar

Fernando Souto conta que tentou parar de fumar por várias vezes «sem ajuda médica, mas não deu em nada». «Cheguei a estar 24 horas sem fumar, mas ao fim desse tempo percebi que não conseguia. Até tive tonturas». Depois, o corpo quis compensar a falta de nicotina. «Fumei 4 cigarros seguidos e nenhum fumo foi expelido, ficou tudo cá dentro».

Um dia encontrou um anúncio sobre um tratamento com laser. Lembrando o ultimato dos filhos que lhe pediam para deixar de fumar, marcou consulta. O método actua por estimulação dos pontos específicos do corpo, como a acupunctura. «Fui mesmo convencido de que não iria deixar de fumar». Mas acabou por mudar de opinião. «Entrei no consultório às 10h30 do dia 6 de Outubro de 2004. E nunca mais fumei».

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