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Greve: os sectores mais afectados

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Escolas, sáude e autarquias são os sectores mais afectados

ACTUALIZADA ÀS 10h41

As áreas da educação, saúde e autarquias locais são as mais afectadas pela greve geral de trabalhadores da função pública, disse à agência Lusa Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública.

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«Há centenas de escolas fechadas em todo o país. A adesão à greve em muitas câmaras corresponde a 100 por cento», disse a responsável junto à escola secundária do Restelo, uma das várias escolas de Lisboa que se encontram encerradas.

Ana Avoila adiantou que também a área da saúde foi afectada, nomeadamente os hospitais de S. José, com uma adesão de 90 por cento, e de Santa Maria, com uma adesão de 75 por cento.

«O Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) [um dos centros que orienta a emergência médica do Instituto Nacional de Emergência Médica - INEM] de Lisboa, teve uma adesão de 82 por cento. Também os departamentos da segurança social do Saldanha e da Avenida dos Estados Unidos da América estão encerrados», adiantou.

Na alfândega do Porto, a adesão dos trabalhadores chegou aos 100 por cento e, embora tenha sido inferior em Lisboa, a dirigente sindical acredita que vai aumentar durante o dia.

A participação elevada tem sido sentida também nos serviços de recolha do lixo das autarquias, com valores globais perto dos 100 por cento para os primeiros turnos, que se iniciaram na quarta-feira à noite, e na saúde, com valores de adesão dos trabalhadores entre os 60 e os 100 por cento.

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Problemas com a polícia

Segundo a dirigente, em Lisboa, o Hospital de São José teve uma adesão à greve de 90 por cento, o Curry Cabral e a Maternidade Alfredo da Costa registaram 87 por cento, o Hospital São Francisco Xavier 75 por cento e o de Santa Maria 60 por cento.

No Centro Hospitalar de Gaia foram assegurados apenas os serviços mínimos, de acordo com Ana Avoila.

Neste sector, a Frente Comum lamentou a ocorrência de alguns entraves à entrada dos piquetes de greve nos hospitais de S. José e de S. Francisco Xavier, em Lisboa, «dois hospitais que nunca tiveram problemas» semelhantes em paralisações anteriores.

Em S. José, um polícia ordenou aos sindicalistas do piquete de greve que saíssem da urgência e impediu também a comunicação social de estar no local, alegando que não havia autorização para a permanência de jornalistas no recinto.

«Desde ontem à noite que sentimos uma grande adesão» e «confirma-se» que foram «justos» os «objectivos da greve», frisou.

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Enfermeiros em luta

O coordenador do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), José Carlos Martins, diz que «razões sentidas e tangíveis não faltam» para os enfermeiros aderirem à greve da função pública, mas podem resolver não avançar por motivos financeiros.

«Dificilmente haverá um enfermeiro que não veja razões para não aderir à greve, sendo que só não adere se o quadro económico for difícil e a perda de um dia de remuneração dificultar a sua vida», disse à Lusa.

O sindicalista lembrou as paralisações recentes dos enfermeiros, acrescentando que poderão ainda seguir-se outras, já que estes profissionais continuam a negociar com o Ministério da Saúde a revisão da carreira.

José Carlos Martins recordou que na última greve da função pública, em 2008, a adesão dos enfermeiros foi de cerca de 64 por cento. O responsável admite uma «boa adesão» na paralisação desta quinta-feira, mas escusou-se a fazer estimativas.

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