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Corte de 30% na Fundação Eça de Queiroz pode levar a despedimentos

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Instituição emprega sete pessoas em Baião

A anunciada diminuição de 30 por cento do apoio do Estado à Fundação Eça de Queiroz, com sede em Baião, poderá pôr em causa alguns dos sete postos de trabalho da instituição, alertou a diretora executiva Anabela Cardoso.

«Se esse corte for concretizado, ficaremos numa situação muito difícil. Os postos de trabalho estão em risco», explicou.

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Em declarações à Lusa, a responsável disse não compreender os critérios que levaram ao anúncio dos cortes, lembrando que a Fundação Eça de Queiroz é «muito pequena», funcionando com um orçamento anual de 200 mil euros, mais de metade do qual assegurado por receitas próprias. Acresce que, assinalou, nenhum elemento do conselho de administração aufere qualquer remuneração.

A surpresa pelo corte é grande, porque a fundação já sofreu este ano uma diminuição de 25 por cento no subsídio de 20 mil euros que o ministério da Educação costuma atribuir para a organização de um curso internacional.

Também outro apoio anual de 10 mil euros do ministério da Educação destinado à promoção da língua portuguesa no estrangeiro não foi atribuído em 2011 nem deverá sê-lo em 2012.

Por outro lado, o protocolo com a tutela da Cultura determina a atribuição anual à fundação de 25.000 euros, verba que, aliás, ainda não foi atribuída este ano, apesar de o prazo para a transferência ter terminado em junho.

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«Também este atraso está a criar grandes dificuldades e ninguém nos dá explicações», lamentou.

A responsável diz ainda estar muito preocupada porque a decisão do Governo de corte de 30 por cento nos apoios estatais pode comprometer os 25 mil euros por ano atribuídos pelo município de Baião.

Anualmente, mais de 10 mil pessoas visitam a fundação, sediada na Casa de Tormes, em Baião, onde está instalado o Museu Eça de Queiroz. Metade dos visitantes é constituída por estudantes e o restante por turistas, muitos dos quais estrangeiros.

Anabela Cardoso diz que os valores cobrados pelas visitas ao museu são simbólicos.

No plano das receitas próprias, a fundação destaca duas casas preparadas para turismo rural, jantares queirosianos e as 30 mil garrafas de vinho produzido numa quinta com cerca de 10 hectares.

Além de Baião, também integram esta fundação os municípios de Amarante, Sintra, Vila Nova de Gaia, Povoa de Varzim e Matosinhos. Contudo, só Baião atribui subsídio.

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