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Exército mantém no ativo militares acusados por morte de jovem

Instituição alega que desconhece o teor da acusação

O Exército desconhece o despacho de acusação relacionado com a morte de uma rapariga no quartel da serra do Pilar, em Gaia, e mantém em funções os quatro militares que o Ministério Público incrimina, disse hoje fonte da instituição.

«Neste momento, o Exército desconhece o teor da acusação deduzida pelo Ministério Público contra os quatro militares, pelo que não é correto pronunciar-se sobre o assunto», afirmou o porta-voz daquele ramo das Forças Armadas, tenente-coronel Jorge Pedro.

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O Exército, que desconhece também um relatório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto sobre a matéria, com conclusões similares ao despacho de acusação, mantém os quatro militares acusados em funções, salvaguardando assim o princípio da presunção de inocência, acrescentou a fonte.

Ana Rita Lucas, de 18 anos, caiu de uma altura de cinco a sete metros, em 20 de maio do ano passado, quando fazia um slide, exercício radical, no âmbito das atividades do Dia da Defesa Nacional. Ainda foi transportada ao Hospital de Santo António, no Porto, mas não resistiu aos ferimentos, vindo a morrer nesse mesmo dia.

Num despacho de acusação sobre o caso, que a agência Lusa consultou hoje, o Ministério Público considera que a queda fatal da rapariga ocorreu, não por deficiência dos cabos, mas por desleixo de um sargento, um cabo e dois soldados, que estiveram envolvidos na montagem e vigilância do equipamento.

Os quatro militares, acusados de homicídio por negligência, «não se certificaram das condições em que havia sido executada a tensão do cabo de aço, não se certificaram se aquele cabo de aço tinha tensão em excesso, não verificaram, por cada descida dos voluntários em slide, se aquele cabo de aço mantinha as condições de segurança para continuar a ser utilizado naquele dia», afirma a acusação.

Nas suas declarações à agência Lusa, o porta-voz do Exército confirmou, entretanto, que aquele ramo das Forças Armadas deu seguimento à promessa de um inquérito ao caso, com a recolha de elementos que remeteu à Polícia Judiciária Militar.

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