O único arguido do chamado «Gangue de Valbom» que esta segunda-feira prestou declarações na primeira sessão do julgamento, esclareceu que o roubo de automóvel por «carjacking» de que está acusado não passou de uma simulação para receber seguro, escreve a Lusa.
«Isto não passa de uma burla», começou por dizer o arguido conhecido por "Pitbull", acusado de um crime de roubo agravado por, a 3 de Junho de 2008, ter alegadamente subtraído o veículo automóvel de dois indivíduos, com ameaça de violência e recurso a arma de fogo.
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"Pitbull" explicou ao coletivo de juízes do Tribunal de São João Novo, onde o gangue de 15 elementos começou a ser julgado, esta segunda-feira, entre fortes medidas de segurança, que lhe foi proposto, por um conhecido, fazer «uma simulação de um roubo» para «fazer desaparecer um carro» difícil de vender.
O arguido, relações públicas de uma discoteca em Ermesinde, contou ter pedido a duas pessoas (arguidos no processo) para simularem o roubo do automóvel A8 que acabou por ser «estrategicamente posicionado» num «sítio escuro» e sem movimento para ser roubado.
«Estou muito arrependido de ter participado nesta situação», lamentou o arguido.
"Pitbull" está ainda acusado de três crimes de homicídio na forma tentada e um de ofensa à integridade física, alegadamente por envolvimento em desacatos e disparos nas imediações da discoteca Via Rápida, Porto, a 17 de agosto de 2008.
Segundo contou, o arguido foi naquela noite informado por conhecidos de que havia, sim, confusão em duas discotecas, acabando por se deslocar a uma delas para «apaziguar» os ânimos.
Chegando lá, a situação parecia normalizada mas quando o arguido e companheiros abandonavam a discoteca «estavam uns seis indivíduos com paus nas mãos». «Um deles tentou dar-me com um barrote na cabeça e a seguir dei-lhe um soco em legítima defesa», alegou.
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