Já fez LIKE no TVI Notícias?

Rede de bicicletas de Lisboa já registou 44 feridos

EMEL salienta“o facto de nenhum dos 136 incidentes "ter provocado feridos graves, sendo na sua maioria derivados do atravessamento e circulação de peões nas ciclovias”

A rede de bicicletas partilhadas de Lisboa registou um total 136 incidentes no primeiro ano de funcionamento, que resultaram em 44 feridos, adiantou à agência Lusa a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento (EMEL).

A Gira - Bicicletas de Lisboa entrou em funcionamento em setembro do ano passado, tendo havido um período de testes anteriormente, que começou em junho.

PUB

Num balanço feito à agência Lusa, por ocasião da passagem de um ano desde a entrada em funcionamento da rede, a EMEL apontou que entre junho e dezembro de 2017 “registaram-se 20 incidentes, dos quais resultaram sete feridos”, e entre janeiro e setembro deste ano “registaram-se 116 incidentes, dos quais resultaram 37 feridos”.

Apesar dos números, a empresa salienta “o facto de nenhum incidente ter provocado feridos graves, sendo na sua maioria derivados do atravessamento e circulação de peões nas ciclovias”.

A Gira está presente atualmente em 74 estações, com 400 bicicletas, nas zonas do Parque das Nações, Alvalade, Campo Grande, Avenidas Novas, Marquês de Pombal, Avenida da Liberdade, Telheiras, Areeiro, Baixa e frente ribeirinha.

De acordo com a EMEL, “desde o início da fase piloto, em 21 de junho de 2017, até hoje, registou-se uma média de 5.700 viagens por dia, nos dias úteis, e 3.000 viagens por dia ao fim de semana”.

PUB

Só no último mês, “registaram-se mais de 140 mil viagens”.

A data em que se registou o maior número de viagens foi em 19 de setembro, com 6.497 viagens, mas existem “mais de 17.500 passes anuais subscritos e ativos, que representam a esmagadora maioria das subscrições do serviço”, diz a empresa.

Apresar de o último alargamento da rede de bicicletas Gira ter sido em junho, “a intenção da EMEL é fazer tudo o que está ao seu alcance para avançar com o plano previsto de instalação das Gira, com a maior brevidade”.

Assim, adianta a empresa, “a próxima área da cidade a ser servida será a Cidade Universitária, onde aliás já estão instaladas as estações”, o que deverá acontecer “até ao final do ano”.

“Estão também planeadas novas instalações na cidade, que representam na sua maioria um aumento de densidade das áreas já servidas, mas também o prolongamento da rede de estações desde Santa Apolónia até ao limite poente do concelho, em Algés”, acrescenta a EMEL.

PUB

Em avaliação está também a extensão para as Amoreiras, Av. Almirante Reis, Olivais, ou a ligação entre o Campo Grande e o parque dissuasor da Ameixoeira.

No geral, a EMEL faz um balanço “muito positivo” do primeiro ano da rede Gira, que inclusivamente “superou as expectativas”.

“A comprová-lo os níveis de utilização verificados, que são iguais ou superiores a muitos dos sistemas mais maduros e bem-sucedidos internacionalmente, como por exemplo Paris, Londres ou Barcelona”, é referido.

Na semana passada, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa admitiu que o sistema de bicicletas partilhadas da cidade apresenta dificuldades, considerando que é preciso resolver os problemas antes de expandir a rede.

De acordo com Fernando Medina, os principais problemas prendem-se com a gestão do parque de bicicletas e com a dificuldade de o fornecedor assegurar o número de bicicletas que está contratualmente obrigado.

"Por isso, nós estamos empenhados em apoiar para que esta situação esteja resolvida e, uma vez que tenhamos a confiança de que está tudo resolvido, podemos então avançar para a fase de expansão que implicará mais umas centenas de bicicletas", acrescentou, sem precisar a quantidade.

Fernando Medina notou ainda que o programa de expansão da rede Gira está definido, mas reforçou que, para já, o mais "importante é recuperar o nível operacional do sistema".

PUB

Últimas