O cabo da GNR na reserva, suspeito da morte de três jovens entre os 16 e os 18 anos, confessou ter sido o autor dos três crimes. De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário, o homem de 53 anos admitiu, na quinta-feira à noite, durante o primeiro interrogatório na PJ de Coimbra, que matou as três raparigas no próprio dia em que as raptou.
O homem que admitiu ter morto as vítimas de forma «muito violenta», sem recurso a armas, não invocou motivos para a prática do crime. A ausência de motivos, a proximidade das vítimas, e semelhança de idades entre elas, são para os investigadores «marcadores seguros» de um quadro de psicopatia, ou como vulgarmente é designado de, um «serial killer». Admite mesmo que o suspeito possa ser responsável por mais crimes.
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A PJ de Coimbra tem «razões para acreditar» que não houve contacto ou abuso sexual com as vítimas.
O facto de o suspeito conhecer as vítimas facilitaria a aproximação das jovens. Além disso, soube o PortugalDiário, o homem não tem antecedentes criminais e era até «pessoa perfeitamente integrada no meio em que residia». Exercia funções na GNR de Santa Comba Dão até passar à reserva há um ano atrás.
A primeira jovem desapareceu a 24 de Maio do ano passado, tendo o corpo sido encontrado poucos dias depois na Figueira da Foz. Os exames realizados permitiram verificar que se tratava da primeira jovem desaparecida.
A segunda jovem desapareceu em Outubro do ano passado e a terceira em 8 de Maio deste ano. A PJ acredita que o corpo de uma segunda mulher, encontrado há três semanas, na Barragem do Coiço, em Penacova possa ser o de outra das jovens alegadamente mortas pelo cabo da GNR na reserva. Os exames ainda estão a decorrer.
Fonte da PJ de Coimbra referiu, contudo ao PortugalDiário que «para a Judiciária não é determinante encontrar o corpo das restantes vítimas».
O cabo da GNR já estava a ser investigado «há algum tempo». Várias pistas conduziram a este homem de 53 anos que era conhecido e próximo das vítimas. Vários testemunhos, prova pericial e laboratorial e até escutas telefónicas conduziram ao suspeito.
O suspeito vai ser ouvido esta tarde no Tribunal da Figueira da Foz.
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