Dezasseis estrangeiros suspeitos de pertencerem a um grupo criminoso organizado ficaram em prisão preventiva, «fortemente« indiciados por crimes de associação criminosa, auxilio à imigração ilegal e maus-tratos a menores.
De acordo com a página da internet da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, os arguidos são suspeitos de pertencer à «Máfia Bósnia» e foram detidos na sequência de uma operação conjunta da GNR e dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) realizada a 11 e 12 de outubro.
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Ao fim de três dias de interrogatório judicial (sábado, domingo e segunda-feira), os dezasseis detidos ficaram em prisão preventiva, fortemente indiciados pelos crimes de associação criminosa, associação para o auxílio à imigração ilegal, falsificação de documentos, burlas qualificadas, furtos qualificados em série, maus-tratos de menores e branqueamento de capitais.
O grupo era constituído por homens e mulheres do Leste Europeu, identificando-se na sua maioria com documentos supostamente provenientes de países da ex-Jugoslávia, numa atividade executada em território nacional mas de âmbito transnacional, pelo menos desde o ano de 2009.
Os detidos atuavam, essencialmente, em zonas turísticas e transportes públicos, «controlando diversas áreas e localidades», nomeadamente a região da grande Lisboa, com destaque para as zonas do Castelo de São Jorge, Belém, baixa pombalina e Marquês de Pombal.
Fora da capital, a rede criminosa atuava no Santuário de Fátima, baixa do Porto, Braga e Algarve.
Durante as buscas realizadas, as autoridades localizaram nestas casas trinta crianças indocumentadas suspeitando-se que estas eram utilizadas na prática de vários crimes. Os menores foram entregues a instituições de proteção de crianças e jovens em risco.
No decorrer da ação policial, foram efetuadas oito buscas domiciliárias e apreendidas uma dezena de viaturas ligeiras, a maioria de alta cilindrada, elevadas quantias de dinheiro, diversa documentação e objetos relacionados com os crimes, como refere a agência Lusa.
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