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ETA: vizinhos surpreendidos com descoberta

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Pensavam que era mais para norte, próximo do País Basco, que estava a ETA e são agora confrontados à porta de casa

Os vizinhos dos alegados membros da ETA que viviam em Óbidos mantêm-se longe das operações policiais e, sobretudo, dos jornalistas. Só algumas janelas abertas indicam que os moradores já regressaram a casa, depois de sexta-feira todas as moradias das redondezas terem sido evacuadas.

No Casal da Avarela, concelho de Óbidos, e na localidade próxima da Senhora da Luz, a descoberta pelas autoridades portuguesas de pelo menos 500 quilos de explosivos prontos a detonar numa habitação alegadamente ocupada por elementos da organização separatista basca é o principal assunto de conversa nas ruas. Porém, poucos são aqueles que estão disponíveis para falar com os jornalistas.

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ETA: GNR continua a destruir explosivos

Entre aqueles que aceitam trocar algumas palavras com a comunicação social, o sentimento não parece ser de insegurança, mas antes de admiração, por nunca terem suspeitado de que alegados elementos da ETA estivessem a viver na vizinhança, levando agora as autoridades portuguesas a pôr em prática uma das maiores operações de sempre de destruição de explosivos.

«Não tenho receio na medida em que penso que isto não tem nada a ver com o nosso país, mas sim com Espanha», disse à Lusa Rui Oliveira, que mora há oito anos a 50 metros da casa que alegadamente servia de esconderijo aos etarras e que continua cercada de plásticos pretos, para a Polícia Judiciária proceder às investigações necessárias longe da vista dos curiosos.

Pelas conversas que tem mantido desde sexta feira com os vizinhos, conclui que «ninguém está com receio, mas admiração, porque pensavam que era mais para norte, próximo do País Basco, que estava a ETA e são agora confrontados à porta de casa».

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O ambiente em redor da vivenda, onde se mantêm investigadores da Polícia Judiciária, esteve calmo durante toda a manhã. Apenas o barulho e o impacto das explosões controladas do material encontrado dentro da vivenda, que faziam tremer o solo, causaram incómodo a alguns moradores. O material explosivo foi detonado numa pedreira a 500 metros da casa.

O sossego característico de Casal da Avarela tem estado a ser apenas alterado pela presença de alguns curiosos, profissionais de órgãos de comunicação social nacionais e espanhóis e de elementos policiais ligados à investigação e de patrulha, que continuam a controlar as entradas e saídas junto ao perímetro de segurança.

Quatro detonações

As quatro detonações controladas de explosivos previstas para este sábado terminaram cerca do meio-dia. Foram destruídos pelo menos 500 quilos de explosivos, segundo revelaram fontes oficiais da GNR na sexta-feira. No entanto, algumas informações recolhidas pela Lusa no local, não confirmadas oficialmente, apontam para uma maior quantidade explosivos na casa, cerca de 700 quilos.

A agência espanhola EFE, citando fontes da luta antiterrorista em Espanha, informou sexta feira que dois espanhóis que desobedeceram e escaparam à GNR depois de abandonarem a casa em Óbidos são suspeitos de pertencerem à ETA, organização que usa práticas terroristas para defender a independência do País Basco. A PJ e a GNR não associaram, até agora, o caso à ETA, mas confirmaram que assume «contornos terroristas».

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