Pegadas grandes, videiras cortadas, árvores desbastadas e plásticos rasgados. Estes são alguns dos vestígios deixados por um felino, à solta, num terreno agrícola, na zona de São Pedro de Fins, na Maia. As autoridades já estão no terreno, mas desconhecem a espécie e a origem do animal. A notícia é a avançada esta segunda-feira pelo Correio da Manhã.
Segundo a mesma notícia, os primeiros indícios foram detectados no início do ano, mas só agora os estragos se avolumaram e, por isso, as autoridades foram chamadas. Os agricultores estão assustados com a situação. «Tememos pela nossa segurança. A princípio pensámos que fosse um cão, mas agora não há dúvidas de que é algo perigoso», afirmou ao Correio da Manhã Cândido Almeida, um agricultor que viu as suas vinhas «atacadas».
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As autoridades suspeitam estar perante «um felino de porte médio», mas ainda não identificaram a espécie, nem a origem do animal. Este fim-de-semana, cerca de 20 homens da Protecção Civil e 70 militares da GNR estiveram no terreno a tentar capturar o animal e a procurar pistas. Entretanto, foram recolhidas pegadas, pêlos e fezes.
Até agora, ninguém viu o animal, mas a protecção civil pediu aos agricultores, segundo escreve o Correio da Manhã, que não cultivassem as terras. Na próxima quarta-feira deverão ser colocadas armadilhas na zona.
«Não há felino nenhum»
O comandante da Protecção Civil da Maia, António Lopes, afirmou ao Jornal de Notícias que a população não tem nada a temer. «Estou convencido de que será um cão de grande porte», como um rottweiller, assegurou. No entanto, não é a única hipótese em cima da mesa.
Em declarações ao Jornal de Notícias Carlos Teixeira, director do Zoo da Maia, explicou que o Instituto da Conservação da Natureza o contactou «para enviar um funcionário experiente com uma arma telescópica [equipada com dardos com sedativos]. Ele confirmou que algo se passa. Há árvores roçadas que poderão ser de um gato bravo, de um javali ou de um lince, que é a hipótese mais remota». «Leão não é», garante.
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