O corpo do ourives Francisco Barbosa, encontrado morto sábado em Valbom, Gondomar, foi autopsiado esta segunda-feira, mas serão necessários ainda exames complementares para determinar a causa do óbito, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
O Instituto de Medicina Legal (IML) do Porto recebeu ordem do Ministério Público para realizar a autópsia durante a tarde.
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O ourives de 79 anos, sogro do ex-futebolista Fernando Couto, foi encontrado sem vida, amordaçado e com as mãos e os pés amarrados, sábado, na sua habitação de Valbom, Gondomar.
Asfixia ou ataque cardíaco são as causas prováveis, já que o corpo não apresentava sinais de agressão.
PJ apenas confirma diligências
Oficialmente, a PJ confirmou apenas que tem em curso diligências para esclarecer o caso, nada adiantando sobre o evoluir da investigação.
Após registar a ocorrência, que entretanto passou para a alçada da Polícia Judiciária (PJ), a PSP contou que a vítima foi encontrada já «sem vida, amarrada com fita adesiva industrial nos membros superiores e inferiores e envolta na boca e nariz».
As malas com artigos em ouro que o comerciante morto costumava transportar foram roubadas.
Fonte da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP) disse, entretanto, que aquela estrutura e a PJ estão a redobrar esforços no sentido de incutir maior cultura de segurança entre os operadores do sector, levando-os a alterar frequentemente as suas rotinas.
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A fonte realçou ainda a recente criação de uma linha telefónica directa que possibilita o rápido contacto dos ourives com a PJ.
Esta linha, em funcionamento há quatro meses, foi criada com o objectivo de combater a onda violenta de assaltos a ourives que tem ocorrido nos últimos tempos, possibilitando a denúncia de situações suspeitas e o contacto da PJ no caso de crime consumado.
Parceria com o MAI
De acordo com a AORP, o recurso a esta linha terá contribuído para a detenção, em Janeiro, de um grupo armado de cinco assaltantes, que tinha roubado uma ourivesaria de Famalicão.
A Associação de Feirantes do Distrito do Porto (AFDP) defendeu hoje o envolvimento do Ministério da Administração Interna num parceria com empresas de segurança para transporte de ouro de e para as feiras.
«Eu próprio já estabeleci alguns contactos com empresas de segurança, mas seria muito mais fácil e económico se fosse o próprio ministério a desenvolver esta parceria», afirmou à Lusa o presidente da AFDP, Joaquim Santos.
Sustentou que se sossegava «um bocado mais o espírito destas pessoas que se estão a expor todos os dias».
Joaquim Santos disse que, ao contrário dos comerciantes de ouro com estabelecimento aberto, os feirantes do sector não são assaltados nos próprios pontos de venda, mas no transporte de e para as suas residências.
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