O Governo português desaconselha as viagens para Madagáscar, onde os distúrbios dos últimos dias causaram cerca de 90 mortos e meia centena de feridos, escreve a Lusa.
«Devido aos tumultos dos últimos dias são desaconselhadas deslocações a Madagáscar», alerta a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas (SECP) no seu site na Internet.
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Fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, em declarações à Agência Lusa, admitiu a existência de portugueses na região, mas adiantou não existir uma comunidade organizada.
Ainda assim, segundo o site da SECP, existe na ilha, localizada em frente a Moçambique, um cônsul honorário português.
O diário «La Verité», de Antananarivo, capital de Madagáscar, notícia esta quinta-feira que os tumultos que se registam na capital de Madagáscar provocaram a morte de 91 pessoas e ferimentos em outras 48.
Incidentes começaram segunda-feira
Foram ainda detidas 92 pessoas em todo o país por participarem em actos violentos relacionados com os protestos, que começaram segunda-feira durante uma manifestação contra o regime do Presidente Marc Ravalomanana.
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Dezenas de lojas e locais públicos foram saqueados e incendiados e 32 corpos carbonizados foram resgatados de um armazém em Antananarivo, incendiado pelos manifestantes, liderados pelo presidente da câmara da capital, Andry Rajoelina.
O empresário Marc Ravalomanana chegou ao poder em 2002, na sequência do conturbado processo eleitoral, em que teve como opositor o ex-presidente Didier Ratsiraka e que quase levou o país à guerra civil.
Em 2006, Ravalomanana foi reeleito Presidente por mais cinco anos, numas eleições que ficaram igualmente marcadas por acusações de fraude.
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