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Ainda não há falta de peixe na banca

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Mercados de Lisboa cheias de peixe, mas com falta de clientes

Apesar da greve dos pescadores durar há quatro dias, as bancas dos mercados de Lisboa estão cheias de peixe e as vendedoras queixam-se é da falta de clientes, afastados pelas notícias da paralisação, noticia a agência Lusa.

«Depois do que vêem na televisão, as pessoas pensam que não há peixe e nem vêm procurar», afirmou Filomena, uma vendedora do mercado de São Domingos de Benfica, comentando à Lusa que a greve dos pescadores portugueses não tem deixado sem peixe o seu local de venda.

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No mercado de São Domingos, há à venda muita variedade: pargo e garoupa de Marrocos, sardinha espanhola e carapau português.

«Mal de nós se consumíssemos só peixe português. Se assim fosse passaríamos fome», justificou a mesma vendedora, sublinhando que diariamente vende muito peixe marroquino e espanhol.

Também no mercado de Benfica não falta peixe, nem sequer português, como sardinha, carapau e pescada. Pargo, safio, cação, robalos, salmão e lulas são outras espécies que se podem encontrar.

«Temos aqui muito peixe. Hoje o MARL (Mercado Abastecedor da Região de Lisboa) estava bem abastecido e tinha muito bom peixe», explicou Hermínia, vendedora do mercado de Benfica, que não acredita que a greve dos pescadores «venha a trazer uma crise de pescado».

As peixeiras deste mercado lisboeta salientam a qualidade e quantidade do peixe espanhol, não só em tempo de greve, como em qualquer altura do ano: «se não fosse o peixe espanhol o que é que comíamos?», questionam.

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«Vão quererem trabalhar»

Estas vendedoras dizem não compreender os motivos da greve dos pescadores, acusando-os de «não quererem trabalhar» e de nunca abastecerem convenientemente o país.

Também Ana Sofia Tavares, responsável pela banca de pescado no mercado de Campo de Ourique, frisa que «peixe espanhol nunca há-de faltar».

Contudo, admite que hoje apenas conseguiu comprar uma caixa grande de carapaus, quando habitualmente costuma comprar três.

«Nalgumas variedades há menos quantidade, mas vai havendo sempre peixe, o que tem surpreendido as pessoas que vêm ao mercado. Quando entram para comprar outras coisas é que percebem que afinal há muito peixe», descreveu à Lusa esta vendedora de Campo de Ourique.

Quatro dias depois do início da greve dos pescadores, que protestam pela escalada do preço dos combustíveis, os efeitos também ainda não se fazem sentir nos preços, segundo os vendedores.

Sardinha a cinco euros

A sardinha estava esta terça-feira a cinco euros o quilo em Campo de Ourique e a 5,98 euros no mercado de São Domingos, preços que os comerciantes dizem ser normais para a época e até mais baixos do que os registados no sábado, quando a greve de pescadores durava apenas há 24 horas.

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Ana Sofia tem esperança de que o facto de os preços não estarem a subir anime os consumidores, mas teme que pessoas pensem que o peixe que está a ser vendido não é fresco: «mas eu garanto, pode haver menos peixe, mas é fresquinho».

Recorrendo maioritariamente à aquacultura, também os supermercados conseguem estar abastecidos de peixe.

Num supermercado em Benfica hoje apenas faltava sardinha, o que uma funcionária do estabelecimento atribuiu à greve dos pescadores.

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