Linhas desertas, plataformas cheias, e bilheteiras encerradas, é a realidade de grande parte das estações de comboio portuguesas, nesta segunda-feira em que a CP cumpre 24 horas de greve.
São centenas os passageiros que viram impossibilitados os seus trajetos, na sequência da greve de revisores e trabalhadores das bilheteiras dos Comboios de Portugal, que manifestam o seu «descontentamento face à decisão do Governo em manter as medidas de austeridade».
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Os serviços urbanos e regionais são os mais afetados, com 90% das bilheteiras encerradas, segundo o sindicato. Já a nível geral estima-se que tenham sido suprimidos 57% dos comboios em todo o país.
Exemplo disso é a estação de Oeiras, onde normalmente opera o suburbano da linha de Cascais, e que esta manhã viu as plataformas encherem-se de dezenas de pessoas que aguardavam a passagem de um comboio.
Na ausência de quem venda bilhetes, várias pessoas garantem que irão «entrar no primeiro comboio que aparecer, e mais tarde explicar ao revisor a situação», caso haja um.
Também no Porto, um passageiro assíduo denuncia que contrariamente ao que se costuma passar em dias de greve, a CP não bloqueou «a venda dos comboios rápidos» e que quando passou um «ficaram para cima de 200 passageiro na plataforma, sem comboio».
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A paralisação tinha início marcado para a meia noite desta segunda-feira, no entanto os efeitos começaram a sentir-se algumas horas antes. Efeitos que também não irão findar à meia noite de terça-feira, sendo esperadas perturbações na circulação de comboios até à manhã de dia 25.
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