As consequências psicológicas da infecção pelo vírus H1N1 são mais graves do que os seus efeitos físicos, pelo que alguns especialistas defendem o apoio psicológico aos doentes.
«Dado o carácter mediático que a doença atingiu, esta tem um efeito psicológico no doente, como se se tratasse de uma doença com as dimensões da sida», afirma o psicólogo Álvaro Cartas, citado pela Lusa.
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Este especialista acusa o Ministério da Saúde de não considerar o apoio psicológicos aos doentes, apesar de elogiar as medidas tomadas no plano físico.
Para a ministra da Saúde, Ana Jorge, o apoio é desnecessário dado tratar-se de «doentes banais, que tiveram uma gripe e, além do incómodo e do mal-estar, não têm mais nada. Ao fim de quatro, cinco dias, estão perfeitamente bem».
Jorge Gravanita, da direcção da Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica, considera que o melhor apoio a prestar aos doentes consiste no esclarecimento por parte das autoridades de saúde.
«Se o cidadão entender a mensagem das autoridades de saúde como dirigida a si, acreditará que pode, individualmente, evitar a infecção», acrescenta.
Recomendações como a de lavagem das mãos frequente é um exemplo do que se pode fazer.
Portugal registou, até ao momento, 48 casos de infecção por gripe A, quatro deles por transmissão secundária.
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