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DGS lança manual sobre alimentação saudável nos cuidados de saúde primários

Guia para profissionais de saúde visa melhorar intervenção dos médicos em contexto de consulta não urgente

Os profissionais de saúde dos Cuidados de Saúde Primários dispõem a partir de hoje de um manual da DGS que visa reforçar a promoção da alimentação saudável na sua prática clínica, melhorar a qualidade da intervenção e uniformizar procedimentos.

Desenvolvido pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da Direção-Geral da Saúde, este documento pretende ser “um guia de referência para os profissionais de saúde dos Cuidados de Saúde Primários (CSP) para a integração do aconselhamento breve para a alimentação saudável nas rotinas da sua prática clínica”, refere o documento divulgado hoje pela DGS.

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O guia contempla diversas ferramentas que possibilitam uma abordagem inicial, breve, que em média não deve exceder os 10 minutos, e assentam nos modelos de intervenção motivacional, reconhecendo assim as dificuldades inerentes à mudança do comportamento alimentar, adianta.

O modelo destina-se a todos os utentes maiores de 18 anos, em contexto de consulta não urgente, sempre que haja oportunidade de o realizar durante o tempo de consulta.

Segundo a DGS, o modelo “Aconselhamento breve para a alimentação saudável” poderá também aplicar-se aos utentes com fatores de risco metabólicos ou doença crónica, nomeadamente com pré-obesidade/obesidade, pré-diabetes/diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia e doença cardiovascular.

Este modelo pode ser implementado no formato de teleconsulta, com relevo para o atual contexto da pandemia covid-19” e pode contemplar sessões de acompanhamento/monitorização dos utentes para reforço da informação relativa a comportamentos alimentares saudáveis e para outros comportamentos associados ao estilo de vida.

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O objetivo desde modelo é “tornar universal a promoção da alimentação saudável, melhorar a qualidade da intervenção dos diferentes profissionais e uniformizar procedimentos” no sentido de conferir “uma maior qualidade às abordagens nas áreas da promoção da alimentação saudável, da prevenção e do controlo das doenças crónicas”.

As orientações técnicas baseadas na evidência e a harmonização de práticas e procedimentos permitem níveis elevados de eficácia e ganhos em saúde”, sublinha a DGS em comunicado.

Por outro lado, adianta, “a padronização de protocolos confere uma maior eficiência ao funcionamento dos serviços, garantindo uma base de intervenção comum facilitadora da monitorização e avaliação”.

A aplicação generalizada deste modelo nos CSP e “a identificação precoce de indivíduos que necessitem da intervenção diferenciada aumenta ainda as oportunidades de referenciação para os Cuidados Personalizados de Nutrição e uma melhor articulação entre os nutricionistas e demais profissionais de saúde”.

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A carga da doença associada às doenças crónicas (diabetes mellitus, obesidade, doenças cardiovasculares, dislipidemia...) é elevada na população portuguesa e os hábitos alimentares inadequados estão entre os cinco fatores de risco que mais contribuem para a perda de anos de vida saudável e para a mortalidade.

A elevada prevalência de doenças crónicas associadas à alimentação inadequada na população portuguesa exige que o aconselhamento para uma alimentação saudável seja uma constante na prestação de cuidados de saúde”, salienta a DGS.

Uma intervenção precoce pode contribuir para a diminuição da progressão para doença (exemplo pré-diabetes e pré-obesidade), para o melhor controlo após a sua instalação, para o menor risco de complicações associadas e, consequentemente, para a menor utilização de serviços de saúde especializados no futuro (ex: cuidados hospitalares)”.

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