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Valença regista «primeira onda epidémica» de gripe A em Portugal

Director da Escola Nacional de Saúde Pública diz que ainda não se sabe o que poderá ter levado ao aparecimento de tantos casos no mesmo local

O surto de gripe A registado nas escolas de Valença é descrito pelo director da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), Constantino Sakellarides, como «provavelmente» a «primeira onda epidémica do país a nível local». O responsável defende, por isso, que o caso deve ser estudado. Mas, para já, as escolas vão ficar abertas, disse o delegado de saúde local.

Todas as escolas de Valença registaram casos de infecção pelo vírus H1N1, obrigando cerca de 300 dos 1600 alunos existentes no concelho a faltarem às aulas na passada sexta-feira.

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«Até agora, os casos [de gripe A] tinham sido difusamente distribuídos pelo país, com excepção para alguns focos ocorridos em escolas», explicou à agência Lusa Constantino Sakellarides, salientando que o registo de casos em «praticamente todas as escolas do concelho indica que se trata, provavelmente, da primeira onda epidémica do país a nível local».

O coordenador da Unidade de Saúde Pública do Alto Minho, Carlos Pinheiro, disse, citado pela agência noticiosa, que a EB 2,3/S de Valença é a escola que regista mais casos, mas que numa EB1 do concelho a taxa de alunos infectados atinge os 43 por cento.

Constantino Sakellarides afirmou que não se sabe que o poderá estar na origem do aparecimento de tantos casos num local de terminado. «Qualquer factor interactivo, como baixa de temperatura ou maior humidade, pode potenciar um fenómeno desses, mas nunca sabemos porque é que as ondas epidémicas aparecem num sítio e não aparecem noutros», disse.

Já Carlos Pinheiro aventou a «hipótese» do número elevado de casos poder ter a ver com a proximidade da região espanhola da Galiza, onde há um elevado número de infecções. A mesma possibilidade foi admitida pelo delegado de saúde local, Amílcar Lousa.

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Escolas abertas

Amílcar Lousa disse ainda que, por agora, as escolas vão continuar abertas, apesar dos 330 casos detectados em «todas» as do concelho.

O encerramento está contudo a ser equacionado, mas só de se registarem infecções entre os funcionários, de forma especial entre os que trabalham nas cantinas.

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