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Cibercrime recruta nas faculdades

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Estudantes aspiram a ser celebridades tecnológicas e procuram dinheiro fácil. Adolescentes estão fascinados pela facilidade com que podem entrar no mundo do crime. Grandes golpes estão apenas à distância de um clique

A criminalidade através da Internet está a crescer e segundo um relatório da empresa Mcafee o cibercrime tem já uma nova geração de adolescentes fascinados pela facilidade com que podem entrar no mundo do crime. Sem sair de casa ou do cibercafé os maiores golpes estão à distância de uns cliques.

Segundo o documento, conhecido esta quinta-feira, e que contou com a colaboração do FBI e de unidades de crime tecnológico europeias, o método de recrutamento é semelhante ao utilizado pela KGB durante a guerra fria.

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Isto é, as organizações criminosas estão a procurar operacionais nas faculdades, grandes grupos de trabalho e comunidades sociais.

Celebridades tecnológicas

A pesquisa efectuada pela empresa, que desenvolve software de segurança para a Internet, apurou também que há nos jovens uma resposta positiva a este tipo de aliciamento. O estatuto de celebridade tecnológica e o dinheiro fácil são os motivos apontados.

Os ataques também já não são feitos dos mesmos locais. Tradicionalmente os hackers actuavam de casa, mas ultimamente os ataques são feitos de locais públicos como cibercafés ou locais com acesso wireless.

A juntar a estes aliciantes está toda uma comunidade de seguidores que anseia por entrar no mundo do cibercrime. A fama na Internet é um objectivo com muitos seguidores. «Os jovens sentem-se atraídos porque os intriga, porque lhes coloca um desafio e lhes dá a promessa de conseguirem algo em troco de nada», diz o documento.

O cibercrime surge também como uma ocupação, nomeadamente para os jovens dos países de leste. «Muitos destes ciberdeliquentes vêm na Internet uma oportunidade de trabalho. Numa situação de pouca oferta de emprego, podem usar os seus conhecimentos técnicos para dar de comer à família», explicou Dave Thomas, chefe de secção da Divisão Cibernética do FBI.

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Hackers dentro das empresas

A nova geração de cibercriminosos não é apenas composta por adolescentes. Jovens trabalhadores em grandes empresas são também aliciados para aproveitarem falhas de segurança e atacarem os softwares dos próprios locais de trabalho.

O relatório revela ainda que o phishing, (utilização de SPAM ou mensagens de pop-up para levar indivíduos a revelarem números de cartões de crédito, informação de contas bancárias, números de segurança social, passwords e outros), aumentou 25 por cento de 2005 para 2006. Este é um dos principais métodos de rouba de identidades que são fundamentais para o procedimento de fraudes.

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