A plataforma social online Heart, lançada esta terça-feira, pretende dar a conhecer os trabalhos criativos de artistas com deficiência, divulgando e vendendo as suas obras realizadas em várias instituições sociais.
O projeto, que visa a inclusão social através da arte, pretende «valorizar os artistas com deficiência e dar-lhes voz», disse à agência Lusa a presidente da associação HeArt, Sofia Perestrelo.
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Existem instituições sociais de norte a sul do país que têm artistas que trabalham diariamente nas suas obras, mas cujo talento é desconhecido.
«Detetámos e percebemos que existe uma série de artistas com um talento enorme e que está escondido», comentou a presidente da associação.
Estas pessoas encontram «uma enorme dificuldade em posicionarem-se no mercado da mesma forma que a maioria dos artistas», disse Sofia Perestrelo.
São estes artistas que a associação pretende promover, dar visibilidade e contribuir para a sua sustentabilidade financeira.
«Esta é uma associação sem fins lucrativos e aquilo que pretendemos é que os artistas sejam remunerados pelo seu trabalho e que a rentabilidade do projeto seja investido no próprio projeto, para que possamos dar mais condições de trabalho a estes artistas», explicou.
Na loja online, em www.heart.pt, que tem neste momento à venda 60 obras de diferentes artistas, as pessoas podem ver a obra, escolher a peça, comprar e recebê-la em casa.
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«Estamos a começar com a Cercica - Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Cascais, mas já temos estabelecidas mais parcerias», sendo o objetivo alargar o projeto a instituições de todo o país, explicou Sofia Perestrelo.
Com este projeto, a associação pretende «ser o motor central que bombeia, desde a veia criativa dos artistas, até ao coração dos apreciadores», disse à Lusa.
«Trata-se de um negócio social sem paralelo em Portugal que pretende promover a integração social, quebrando barreiras, valorizando estes artistas e as suas obras», acrescentou.
No lançamento do projeto, que decorreu em Cascais, estiveram presentes o ministro da Solidariedade Trabalho e Segurança Social, Pedro Mota Soares, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreira, e a jornalista Judite Sousa, madrinha do projeto.
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